terça-feira, 29 de março de 2016

Livro: A raposa sombria

Título: A raposa sombria: uma lenda islandesa
Título original: Skugga-Baldur
Autor: Sjón
Tradutor: Luciano Dutra
Editora: Hedra

Descobri esse livro por acaso, fuçando o site da Hedra. Achei a sinopse bastante curiosa e cedi à tentação. Comprei, li e não me arrependi.

O livro conta duas histórias paralelas. Na primeira, um caçador persegue uma raposa-do-ártico sob a neve constante. O caçador é persistente, mas a raposa é esperta e conta com seu belo casaco de pele para se camuflar. Já na segunda, um naturalista se prepara para se despedir da jovem com síndrome de Down que ele resgatou e de quem cuidou nos últimos anos. Apesar de no início não aparentarem ter muito em comum, as histórias se conectam para criar uma mistura de conto tradicional e narrativa histórica, ao mesmo tempo realista e fantasiosa.

Sjón tem um estilo envolvente e poético que combina bastante com o ambiente isolado, misterioso e gélido sobre o qual ele escreve. As descrições detalhadas e a falta de ação, que em outro livro poderiam me incomodar, aqui foram bastante eficazes na construção do clima onírico da primeira e da terceira partes da história.

O livro é bem curtinho (cerca de cem páginas), mas, apesar de eu sentir falta de um pouco mais de desenvolvimento na história de alguns personagens, o autor conseguiu construir uma narrativa bastante impactante.

Livro lido para o Desafio Volta ao Mundo e para meu projeto Volta ao Mundo em 80 Livro, representando a Islândia.

terça-feira, 22 de março de 2016

Livro: As aventuras de Pi

Título: As aventuras de Pi
Título original: Life of Pi
Autor: Yann Martel
Tradutora: Maria Helena Rouanet
Editora: Nova Fronteira

Estou com esse livro me esperando na estante faz um tempão, mais um do lote dos empréstimos da minha tia. Relutei bastante em pegá-lo para ler porque ele me parecia ser voltado a leitores com um mínimo de religiosidade, e narrativas de sobrevivência no mar às vezes podem ser uma grande chatice.

Acho que todo mundo conhece razoavelmente a história do livro, graças à popularidade do filme: a família de Pi é proprietária de um zoológico na Índia. De mudança para o Canadá, com alguns dos animais a tiracolo, o navio em que estavam naufraga e Pi sobrevive em um bote junto com uma zebra ferida, uma hiena, uma orangotango e um grande e feroz tigre.

Acabei me surpreendendo positivamente com o estilo de escrita do Martel, que consegue transformar o cotidiano monótono de Pi no barco em algo bastante interessante de se acompanhar (com a exceção de alguns capítulos). Também gostei muito de todas as informações sobre comportamento animal, tanto no início, ao explicar a vida dos animais no zoológico, quanto mais para frente, na convivência de Pi com o tigre. Acho esse tipo de informação interessantíssimo e, por mim, o livro poderia ser inteirinho sobre isso.

Por outro lado, o livro também se concentra bastante na fé do protagonista, que é cristão, hindu e muçulmano, e prega a mensagem de que o importante é amar Deus, independentemente da religião. Confesso que li esses trechos no automático, o que se mostrou prejudicial ao terminar a leitura, porque fiquei bastante confusa com o que o autor queria passar no final. Acho que minha completa falta de religiosidade me deixou cega para esse aspecto do livro e acabei sem ver muito sentido nos capítulos finais.

Mensagens à parte, o livro me deixou com muita vontade de ver o filme, pois imagino que ele seja muito bonito visualmente, e de ler o livro Max e os felinos, do Moacyr Scliar, no qual Martel se inspirou livremente para escrever sua obra.

Livro lido para o Desafio Volta ao Mundo (país: Canadá).

sexta-feira, 18 de março de 2016

Livro: To the lighthouse

Título: To the lighthouse
Autora: Virginia Woolf
Editora: Wordsworth

Sempre tive um pouco de medo da Virginia Woolf. Narrativas modernistas, que exploram o psicológico dos personagens com o uso do fluxo de consciência, costumam me intimidar. Apesar de já ter lido outras obras da autora, Mrs. Dalloway e Noite e dia, continuei com esse medinho, mesmo sabendo que provavelmente era bobagem minha.

Aproveitei março, mês das mulheres no Desafio Skoob, para finalmente ler To the lighthouse (Ao farol ou Rumo ao farol, na tradução brasileira) e descobri que estava certa em ter medo, porque foi uma experiência bastante penosa.

O romance é dividido em três partes e acompanha a família Ramsay e seus convidados em uma casa de praia. É o típico livro em que quase não há ação e o que importa é o interior dos personagens. Com o uso da técnica do fluxo de consciência, oscilamos entre os pensamentos dos vários personagens, um bando de pessoas bem desinteressantes. Temos a sra. Ramsay, bela, mãe de oito filhos, preocupada em ser uma boa anfitriã e imersa em reflexões sobre si e sobre os outros; temos James, o filho caçula, que deseja ir ao tal farol do título; temos Lily Briscoe, uma pintora repleta de dúvidas a respeito do quadro que está pintando; e temos vários outros personagens que não me pareceram interessantes o suficiente para eu escrever sobre eles aqui.

A escrita de Woolf é bastante poética, mas não de uma maneira leve e fluida, e sim de uma maneira confusa e cansativa que faz o leitor menos atento (eu) se perder. O livro acabou tendo um efeito meio soporífero sobre mim, que não conseguia ler mais que umas poucas páginas por dia e acabei levando uma semana para ler um livro tão curto.

Apesar dos pesares, o romance tem algumas passagens bonitas e marcantes. Leitores mais pacientes provavelmente farão bom proveito dele.

Lido para o Desafio Skoob (março: livro escrito por mulher) e o Desafio Livrada! (um cânone da literatura ocidental).

domingo, 13 de março de 2016

Livro: A exposição das rosas

Título: A exposição das rosas
Título original: Tóték / Rózsakiállítás
Autor: István Örkény
Tradutor: Aleksandar Jovanovic
Editora: 34

Nos últimos anos a literatura húngara tem me conquistado. Do infantojuvenil Os meninos da rua Paulo aos contos cômicos do Kosztolányi, sem esquecer as duas antologias organizadas pelo Paulo Rónai, descobri um novo mundo de livros fascinantes. Algo que me atraiu bastante nessa literatura foi o humor, principalmente nas narrativas curtas, carregadas de ironia. Assim, escolhi A exposição das rosas, primeiro livro publicado da Coleção Leste da Editora 34, em busca de um pouco mais desse humor peculiar. O livro reúne duas novelas: "A exposição das rosas" e "A família Toth".

Na primeira, um homem decide gravar um documentário sobre a morte. Para isso, ele escolhe três pessoas com a saúde debilitada, mas logo descobre que documentar os últimos dias de alguém é mais complicado do que esperava. Como saber se a pessoa realmente vai morrer em breve? E como tornar essa experiência atrativa para os telespectadores? Através de orientações e intervenções, o diretor produz um documentário que se aproxima dos reality shows atuais, que se vendem como realidade, mas são manipulados e editados para atrair o público.

A novela é uma crítica bastante ácida e divertida ao vouyerismo da televisão e ao papel e limite da arte, demonstrado principalmente na figura de um dos documentados, amigo do diretor, um bon vivant que assume seu papel de homem à beira da morte com entusiasmo e vê o projeto como uma grande obra de arte digna de seu sacrifício.

Em "A família Toth", uma família hospeda o major de seu filho em suas férias no campo. Como a Hungria está em guerra, os Toth esperam que sua hospitalidade traga futuros benefícios ao filho, garantindo-lhe maior proximidade ao major e, consequentemente, mais segurança. O major é um sujeito sensível e ligeiramente louco, e a família faz o que for preciso para agradá-lo. Isso os leva a situações absurdas, como passarem a noite em claro para acompanhar o major insone, com o pai, Lajos, obrigado a manter uma lanterna na boca para não bocejar (!). A grande tragédia dos Toth é que nem eles nem o major sabem que o filho por quem estão se sacrificando e que vive em seus pensamentos morreu durante a guerra, pois o carteiro do vilarejo, que estima muito a família, decide poupá-los dessa notícia triste e joga a carta em um barril.

Essa novela apresenta um humor mais escrachado, com muitas situações e personagens absurdos. Comparando as duas novelas, "A exposição das rosas" parece mais próxima à nossa realidade e é fácil imaginar uma situação semelhante nos tempos atuais, já "A família Toth", apesar da crítica fundamentada ao militarismo, me parece menos realista, com personagens agindo de forma cômica e idiota demais e, consequentemente, me deixando um pouquinho irritada. Mesmo assim, é uma leitura bastante divertida. Recomendo!

Livro lido para o Desafio Livrada! (uma novela).

terça-feira, 8 de março de 2016

Anime: Little Witch Academia


Little Witch Academia é um curta do estúdio Trigger lançado em 2013 para o projeto Anime Mirai, que financia obras de animadores iniciantes. O curta fez tanto sucesso que em 2015, com o apoio dos fãs em uma campanha no Kickstarter, foi lançada uma continuação, Little Witch Academia: Mahoujikake no Parade. Os dois filmes estão disponíveis no/a Netflix. 

A protagonista dos filmes é Akko, uma bruxa nascida trouxa que se interessou pela magia quando pequena, ao assistir ao espetáculo da famosa bruxa Shiny Chariot. Seduzida pelos feitiços vistosos e cheios de luzes e cores de sua ídola, ela entra na escola de bruxas Luna Nova, onde começa a aprender magia do zero e descobre que nem tudo é tão fácil e divertido quanto parece.

O trio principal

Já em Mahoujakake no Parade, Akko e suas amigas ficam responsáveis por organizar a parada anual das bruxas na cidade. Em vez da triste (e humilhante) celebração usual que relembra o tempo de caça às bruxas, com os aldeões atirando tomates e jogando as bruxas na água, elas pretendem mostrar como ser bruxa é legal, em uma parada cheia de mágica e encantamento. É claro que nem tudo dá certo e elas precisam unir forças para resolver os problemas que surgem.

Os dois animes apresentam histórias simples, mas bem redondinhas e agradáveis. O primeiro filme é muito bem construído e mantém um ótimo ritmo. Seus vinte e seis minutos passam em um piscar de olhos e você termina de assistir com um gostinho de quero mais. O segundo não foi tão eficaz em prender minha atenção, talvez porque a história não me interessou tanto (ou porque achei que a Akko estava meio irritante nesse filme).

Na aula de quadribol voo

A arte é um dos pontos fortes dos filmes. Os cenários são detalhados, e o design dos personagens é bonito, variado e foge um pouco dos clichês animísticos. A animação é muito fluida para os padrões japoneses. Normalmente não reparo em coisas como fluidez da animação, mas aqui foi impossível deixar de notar.

As personagens são divertidas e carismáticas, principalmente as duas melhores amigas de Akko: Lotte e Sucy. O universo dos filmes não é o mais criativo e original que já se viu, pois, afinal, é uma escola de magia, e é impossível assistir aos filmes sem lembrar de Hogwarts, mas ele tem encanto próprio e mostra potencial para histórias futuras.

Em resumo, os filmes são charmosos e muito gostosos de assistir. Vale a pena dar uma chance, até porque são relativamente curtos. ;)

Um toque de Fantasia

sexta-feira, 4 de março de 2016

Randomicidades do mês: fevereiro/2016 (parte 2)

Mais um mês cheio de filmes. Consegui me animar para assistir a alguns dos indicados ao Oscar e para ver alguns filmes que queria ver há muito, muito tempo.

Longas


Perdido em marte (Ridley Scott, 2015)
Geralmente não gosto muito de filmes sobre o espaço, mas esse é surpreendentemente divertido. Gostei mais do começo, com o Matt Damon criando estratégias para sobreviver em Marte, do que da parte do resgate. Sempre que penso no tanto de dinheiro gasto em viagens espaciais eu sinto que é um desperdício.
Nota: 3,5


Fehérlófia (Marcell Jankovics, 1981)
Animação psicodélica de um mestre húngaro da animação. Resenhei aqui.
Nota: 3,75


Shaun, o carneiro (Mark Burton e Richard Starzak, 2015)
Indicado ao Oscar de animação. Comentei aqui.
Nota: 3,5


O jogo da imitação (Morten Tyldum, 2014)
Não pretendia assistir a esse filme, mas acabei vendo com a família. Considerando que eu esperava achar chato, até que gostei bastante. O filme é bem convencional, mas gostei de conhecer a história do Turing.
Nota: 3,25


Metrópolis (Fritz Lang, 1927)
Um grande clássico que só vi por causa do clube do livro/filme. Estava com receio de achar chato, porque filme mudo e relativamente longo nem sempre dá certo, mas o filme é muito bom (apesar de achar que, se tivesse assistido sozinha, teria me entediado um pouco). Não fiquei tão satisfeita com o final, que resolve o conflito de maneira simplória, mas o resto (o visual, os personagens, a temática social) me agradou.
Nota: 3,75


Garota exemplar (David Fincher, 2014)
Já tendo lido o livro, o filme perde um pouco da força que poderia ter. Não deixa de ser uma boa adaptação, no entanto.
Nota: 3,5


 Anomalisa (Charlie Kaufman e Duke Johnson, 2015)
Indicado ao Oscar de animação. Comentei aqui.
Nota: 3,5


O substituto (Tony Kaye, 2012)
Outro filme visto em família. Nunca tinha ouvido falar dele e acabei me surpreendendo positivamente. Gosto muito de filmes sobre escolas, professores, alunos, sistema educacional etc. e esse em especial me emocionou bastante.
Nota: 3,75


Divertida mente (Pete Docter, 2015)
Indicado ao Oscar de animação. Comentei aqui.
Nota: 3,25


O filho de Saul (László Nemes, 2015)
Filme húngaro vencedor do Oscar de filme estrangeiro. Morro de preguiça de coisas relacionadas ao Holocausto. Sou do time dos que dizem que o assunto já cansou, já se esgotou, vamos deixá-lo em paz. Maaas o filme é húngaro e eu estou estudando húngaro, me senti na obrigação de ver. Achei o ponto de vista do filme, sempre seguindo o protagonista, interessante e ao mesmo tempo irritante, porque nos dá uma visão limitada de todas as atrocidades acontecendo no plano de fundo. Meu problema pessoal com o filme é que a história do Saul, o apego dele pelo menino morto e a busca insistente por um rabino não me tocaram muito. Acho que sou insensível.
Nota: 3,5


Miss Violência (Alexandros Avranas, 2013)
Faz um tempão que eu queria ver esse filme, mas estava adiando por medo de ele ser indigesto demais. Adoro uns "feel bad movies" de vez em quando, desses que você termina de assistir com o coração pesado e uma vontade de ficar deitada na cama encarando o teto e pensando no quanto a humanidade é terrível. Porém, sempre fico com receio de que o filme seja feel bad demais. Esse acabou sendo pesado na medida certa. O mistério dessa família estranha me envolveu por completo, mas sinto que assisti ao filme focada demais em descobrir o que havia por trás daquele comportamento, o que me deixou impaciente e prejudicou minha apreciação do filme.
Nota: 3,75


O quarto de Jack (Lenny Abrahamson, 2015)
Gosto bastante do livro que deu origem ao filme, então esse era o filme do Oscar que eu mais queria ver (com exceção das animações). Como o livro é narrado por uma criança, achei que o filme não conseguiria transmitir bem esse ponto de vista, mas fiquei bem satisfeita com a adaptação. As atuações estão ótimas.
Nota: 4


Apenas uma vez (John Carney, 2006)
Eu já conhecia a música "Falling Slowly" de tanto ela ser cantada em reality shows de canto, mas não sabia muito a respeito do filme. Tenho um problema com filmes cheios de música: quase nunca gosto de uma canção na primeira vez em que a ouço. Isso faz com que eu desgoste um pouco do filme, porque toda vez que começa a tocar uma música eu demoro para começar a apreciá-la. Por outro lado, esse é o tipo de filme que eu gosto de rever, pois quando já estou mais familiarizada com as músicas, fico com vontade de ouvi-las de novo (e de novo e de novo). Adoro folk, gostei de várias das canções do filme e gostei bastante da abordagem pé no chão e agridoce do relacionamento dos dois protagonistas.
Nota: 3,75

Curtas

Aproveitei o My French Film Festival, festival de filmes franceses online, para assistir aos três curtas que eles disponibilizaram. Não estava muito entusiasmada, mas os três acabaram me surpreendendo. Depois, na onda do Fehérlófia, vi Sísifo, do mesmo diretor.


Almoço de domingo (Céline Devaux, 2015)
Um típico almoço de família com a parentaiada que somos obrigados a aguentar. Gostei muito do traço e das cores, que em alguns momentos lembram xilogravuras.


H procura M (Marina Moshkova, 2015)
Um pintor desinspirado vai atrás de uma musa. Achei muito divertido ver todas obras de arte famosas que aparecem no filme.


Última porta sul (Sacha Feiner, 2015)
Conta a história de um menino que tem uma segunda cabeça e vive fechado em casa, que para ele é tudo o que existe. Adoro stop-motion, adoro o tom sombrio e o estilo meio Tim Burton e adorei a ideia. Fascinante!


Sísifo (Marcell Jankovics, 1974)
Baseado no conto grego de Sísifo, condenado a empurrar uma pedra eternamente. Admiro a fluidez e expressividade da movimentação do personagem, mas narrativamente não tem muita coisa aqui e também não é uma animação visualmente esplendorosa. Meio sem graça.

terça-feira, 1 de março de 2016

Randomicidades do mês: fevereiro/2016 (parte 1)

Fevereiro não foi um mês tão rico em leituras, em compensação foi repleto de filmes (que comentarei na segunda parte das randomicidades) e rendeu um bom número de posts aqui no blog.

Livros lidos


Ilusões pesadas - Sacha Sperling
Livro sobre um adolescente francês de catorze anos que não sabe o que fazer da vida, se apaixona pelo melhor amigo e fica bebendo, se drogando, indo a festas etc. É legalzinho, porém nada muito especial, e não gostei muito dos personagens e seu estilo de vida.
Nota: 3,25


Declínio de um homem - Osamu Dazai
Nota: 3,5

Irmãos - Yu Hua
Nota: 4


Terra e cinzas - Atiq Rahimi
Nota: 3,25


O marinheiro que perdeu as graças do mar - Yukio Mishima
Depois de ler Naufrágios do Akira Yoshimura no começo do ano passado, descobri que gosto de narrativas sobre vidas que dependem do mar e fui ler esse livro esperando algo de estilo parecido. Errei completamente. O livro se passa em um Japão mais recente, na cidade, e conta sobre um relacionamento amoroso entre uma viúva e um marinheiro. A mulher tem um filho, que no início admira o marinheiro como um herói, mas aos poucos percebe que ele é apenas humano. Apesar do estilo poético da escrita, o livro tem alguns momentos mais crus e bastante surpreendentes. Recomendo! 
Nota: 4


Brooklyn - Colm Tóibín
Minha irmã viu o filme e resolveu pegar o livro na biblioteca, então acabei lendo também. O livro narra a jornada de uma jovem irlandesa que deixa sua terra natal e vai para o Broklyn em busca de melhores oportunidades de trabalho. A história em si não é das mais interessantes, mas adorei a escrita do Tóibín.
Nota: 4


The Secret Garden - Frances Hodgson Burnett
Releitura de um queridinho da infância. Acho que todos conhecem, pelo livro ou pelo filme, a história da menina mimada e chata que perde os pais e vai morar na mansão do tio, onde descobre um jardim secreto e se torna uma pessoa melhor. Em geral, não gosto de personagens chatos, mas neste caso eu adoro a Mary-chata e o Colin-chato e desgosto um pouco dos dois à medida que vão se transformando. Apesar de achar as descrições do jardim um pouco maçantes, o livro transmite uma sensação de encantamento e é uma graça.
Nota: 3,5

Quadrinhos


Lidos:
A Drifting Life - Yoshihiro Tatsumi
Li para o mês das biografias do Desafio Skoob (agosto). Comecei a ler agora porque pretendia ler aos pouquinhos, mas o começo me conquistou e me fez decidir ler tudo de uma vez. Vou resenhar em algum momento.
Nota: 3,5


Penadinho: Vida - Paulo Crumbim e Cristina Eiko
Não sou muito fã da turma do Penadinho, mas essa HQ é muito amor. O forte dela é a arte, que é lindíssima, mas a história é boa também. Eu só queria que o final fosse um pouco menos corrido; não sei por que as graphic MSP têm que ser tão curtas.
Nota: 4


Lendo:
Hourou Musuko - Takako Shimura (vols. 1-5)
Fiquei com vontade de ler o mangá depois de assistir ao anime (resenha), pois este último é um recorte da história original e aborda um período relativamente curto da vida dos personagens. É a primeira vez em tempos recentes que leio um mangá depois de ver o anime, e está sendo uma experiência interessante ver as diferenças entre as duas mídias. O mangá tem um ritmo muito gostoso, o traço da autora é uma graça e os personagens são adoráveis. 

Animes e séries


Continuo assistindo as mesmas coisas do mês anterior. A única diferença é que fiz uma minimaratona da segunda temporada de Mozart in the Jungle. Achei essa temporada mais fraca que a primeira, mas a série continua uma delicinha de assistir.

Aquisições


Continuo econômica e só comprei o volume 4 de Orange. O livro foi ganhado pela minha irmã em um sorteio.