quarta-feira, 19 de abril de 2017

Randomicidades do mês: março/2017

Mais uma vez atrasando o post de randomicidades do mês, yay! Sou uma blogueira muito dedicada. ;)

Março foi um mês mais ou menos em questão de leituras e coisas assistidas. Por outro lado, ele teve um montão de compras. Aproveitei umas promoções e comprei muito livro que estava há um tempão na lista de desejos e que vai ficar mais um tempão pegando pó antes de eu ler.

Livros lidos


O menino que desenhava monstros - Keith Donohue
Esse livro me decepcionou um pouco, mas eu não sei exatamente o motivo (isso que dá demorar para escrever as opiniões aqui). A premissa é interessante e eu gosto do tom de suspense, mas a história demora um pouco para engrenar e é meio repetitiva. A edição é bem bonita, pelo menos.
Nota: 2,75


A gruta gorgônea - Lemony Snicket
Continuando a releitura da série, agora chegando perto do final. Eu me lembrava relativamente bem dos acontecimentos desse volume, então não foi uma leitura tão interessante quanto a de alguns dos volumes anteriores. Por outro lado, esse livro tem muitos momentos de que eu gosto bastante.
Nota: 4



Vida, jogo e morte de Lul Mazrek - Ismail Kadaré
Nota: 3

 

O inocente - Harlan Coben
Esse é um romance policial bem envolvente, sobre um ex-presidiário que finalmente está com a vida voltando aos eixos quando recebe pelo celular uma estranha foto de sua mulher com outro homem e passa a ser suspeito de um crime. Não é nenhuma obra-prima, mas me surpreendeu bastante.
Nota: 3,75


A vegetariana - Han Kang
O livro é formado por três novelas que se relacionam. No centro delas há uma mulher que decide deixar de comer carne por causa de um sonho que teve e que passa a se comportar estranhamente. Gostei bastante do estilo da autora e de toda a estranheza do livro.
Nota: 3,75


Filomena Firmeza - Patrick Modiano
Comprei esse livro mais pelo ilustrador (Sempé, o mesmo de O pequeno Nicolau) do que pelo autor. Ele conta a história do relacionamento entre uma menina que adora balé e seu pai, um comerciante um pouco suspeito. É um livro simples e fofo. As ilustrações são uma graça, obviamente.
Nota: 4

Quadrinhos


Nijigahara Holograph - Inio Asano
Em uma narrativa fragmentada, o mangá mostra diversos personagens que conviveram durante certa época na escola cujas vidas se afastam e convergem. É confuso, é sombrio e é doloroso. Com esse mangá, o Inio Asano se solidificou como um dos meus autores de mangá preferidos (ok, na verdade isso não significa nada, porque eu leio muito pouco mangá, mas leiam Inio Asano, ok?).
Nota: 4,25


A gigantesca barba do mal - Stephen Collins
Em uma cidade em que tudo é certinho e padronizado, um homem enfrenta o crescimento desenfreado de sua barba. A barba cresce tão rápido que não adianta cortá-la, e ela passa a ser vista como uma ameaça pelas autoridades. Achei a história fascinante e o traço é uma graça. Comprei o livro às cegas e sinto que encontrei um pequeno tesouro. :)
Nota: 4,25

Animes


Kantoku Fuyuki Todoki
Esse é um anime curtinho baseado no mangá autobiográfico homônimo da Moyoco Anno. Ele narra o cotidiano do casal Anno em seu estilo de vida otaku. Me diverti bastante com as otakices do Hideaki Anno (criador de Evangelion) e fico imaginando o quanto daquilo é real, porque se a maioria for real... pobre Moyoco, hahaha.
Nota: 3,5

Filmes


Digimon Adventure tri. 4: Soushitsu
Eu estava com algumas expectativas para esse filme, porque ele marca o retorno dos digiescolhidos ao Digimundo, então achei que ele fugiria um pouco do estilo dos episódios anteriores e, quem sabe, seria um pouco melhor. Mas eu estava errada. Achei esse um dos episódios mais fracos e não estou conseguindo entender para onde a história vai levar. O clímax do filme foi bem idiota e algumas das batalhas não fizeram muito sentido. Além disso, qual é a do Gennai???
Nota: 2,5


Mãe só há uma
Filme da Anna Muylaert sobre um adolescente que descobre que foi roubado quando bebê e, contra sua vontade, vai morar com sua família biológica. Gostei bastante, embora eu tenha achado que o filme não é tão bem sucedido em discutir alguns dos temas que levanta.
Nota: 3,75


Mate-me por favor
Outro filme nacional sobre adolescentes. Neste caso, sobre uma menina vivendo em meio a uma onda de assassinatos misteriosos em seu bairro. No início com medo, ela vai ficando cada vez mais fascinada pelos assassinatos. O filme tem cenas bem interessantes, mas achei meio estranho.
Nota: 3

Aquisições

Entre compras atrasadas que só chegaram agora, cupons e promoções, eu e minha irmã acabamos comprando um monte de coisa.


Essa coleção é da minha irmã, que leu o primeiro volume faz tempo e decidiu comprar todos. Vejo muita gente falando bem dessa série e estou curiosa para ler.


Eu e minha irmã aproveitamos uma promoção da Saraiva no dia internacional da mulher e mais umas promoções da Amazon e compramos um monte de coisa. Esses foram os quadrinhos (embora o Kenshin Kaden não seja bem um quadrinho, mas tudo bem).


Essa é uma miscelânea de livros que eu queria faz um tempo, mas nunca ficavam baratos o suficiente para comprar. Agora comprei.


Aproveitamos uns cupons da Amazon para comprar livros da Intrínseca que tínhamos curiosidade de ler. Já o da Elena Ferrante foi comprado faz tempo e só chegou agora.

Foi isso. Daqui a pouco já está na hora de mais um post de randomicidades. Vamos ver o quanto ele vai atrasar dessa vez. ;)

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Patinação: Campeonato Mundial

Fonte: Instagram do Misha

Hora de comentar sobre essa competição cheia de emoções que, apesar das decepções, acabou de maneira bem positiva, pelo menos para mim e para alguns dos meus patinadores preferidos.

Feminino


Vamos começar pela parte que eu preferiria esquecer. No mundial de 2016, a categoria feminina foi provavelmente a com apresentações mais fortes e consistentes, já em 2017 as patinadoras não tiveram resultados tão satisfatórios assim. Os programas curtos ainda foram decentes, sem nenhum grande desastre, mas no programa livre as coisas começaram a degringolar. Apesar disso, as medalhistas tiveram boas performances, então parabéns para elas!

A vitória da Evgenia Medvedeva já era prevista, mas fiquei feliz em vê-la acompanhada pela Kaetlyn Osmond e pela Gabrielle Daleman, pois é sempre bom ver gente nova no pódio (e adorei ver a alegria da Daleman ao ver que tinha garantido uma medalha).

Fiquei bem triste pelo desastre da Anna Pogorilaya, que teve uma temporada forte e demonstrou confiança e consistência até chegar o programa livre e cair várias vezes. Foi o contrário da temporada anterior, em que ela foi inconsistente o ano inteiro para ser excelente no mundial.

Wakaba
Fonte: Eggplant

Também fiquei triste com as japonesas e a perda de uma vaga para a temporada que vem (elas tinham três vagas para as Olimpíadas e o mundial, mas agora terão apenas duas, longe de ser suficiente para todas as patinadoras talentosas do Japão). Com a lesão da Satoko Miyahara todos sabiam que a conquista das vagas seria mais difícil que o normal, mas mesmo assim fiquei chateada que não deu. O erro da Mai Mihara, que costuma ser muito consistente, no curto foi uma pena. Pelo menos ela conseguiu se redimir no programa livre e ficou em quinto no final, nada mal para seu primeiro mundial.

Agora o que me chateou mais foram as notas que a Wakaba Higuchi recebeu no programa curto. Ela apresentou um programa limpo, com bons saltos, boa interpretação e boa coreografia (ok, sou leiga, mas não sou a única que pensa assim, a Tatiana Tarasova concorda comigo!) e mesmo assim ficou em nono. Realmente não entendo por que a nota artística dela foi tão baixa e isso me deixa meio frustrada porque sou uma pessoa pessimista que acha que ela está condenada a receber notas baixas (sinto o mesmo no caso da Zijun Li, que é ainda mais brutal e bastante suspeito depois de todo o drama pré-mundial, com a federação chinesa mudando toda hora a lista de participantes da competição e as frases enigmáticas da Zijun nas redes sociais).

Preferidas no programa curto: Kaetlyn Osmond, Karen Chen, Wakaba Higuchi, Ivett Toth

Preferidas no programa longo: nenhuma se destacou o suficiente para ser citada aqui. :(

Pares


Pares sempre foi a categoria que menos me interessa, mesmo com a grande evolução técnica recentemente. No entanto, nessa temporada gostei de várias das coreografias e da variedade de programas que os patinadores mostraram e, desde o Campeonato Europeu, passei a acompanhar com mais interesse. As últimas competições foram especialmente boas, com bons desempenhos mesmo dos pares mais fracos.

Esse mundial foi particularmente especial pela vitória de Sui/Han, depois de duas pratas nos mundiais anteriores e um longo tempo fora do gelo devido à cirurgia da Sui. Os dois programas demonstram bastante maturidade além da excelência técnica. O programa curto é um dos meus preferidos da temporada. Quando soube que eles iam patinar ao som de Blues for Klook, torci o nariz porque essa música para mim é do Daisuke Takahashi, mas eles conseguiram dar vida própria ao programa e transformá-lo em algo especial.

Sui/Han
Fonte: Eggplant

Também fiquei contente com a conquista da prata por Savchenko/Massot. Adoro os dois programas deles e achei que o programa longo foi particularmente bem interpretado por eles nessa competição.

As surpresas da competição provavelmente foram o mal desempenho de Stolbova/Klimov no programa curto (felizmente eles conseguiram se recuperar um pouco no programa longo) e de Duhamel/Radford (mas ele estava lesionado, então isso talvez já fosse meio esperado).

Uma pena que James/Cipres não conseguiram repetir o desempenho do Campeonato Europeu. Adoro os programas deles e acho o relacionamento deles interessante, haha. Mal posso esperar para ver o que eles trarão para a temporada que vem!

Preferidos no programa curto: Sui/Han, Savchenko/Massot, Seguin/Bilodeau, Ryom/Kim

Preferidos no programa longo: Savchenko/Massot, Stolbova/Klimov

Dança


A dança é uma das minhas categorias preferidas. Mesmo quando eu não tenho favoritos, acabo me encantando com uma apresentação aqui e ali e torcendo por alguma dupla que até então eu não conhecia. Infelizmente, nessa temporada pouquíssimos programas me conquistaram e passei um bom tempo esperando o momento em que tudo finalmente faria sentido e que eu me apaixonaria pela performance de algumas das duplas de que gosto, como aconteceu no mundial do ano passado com Papadakis/Cizeron. Mas esse momento não veio.

Não sei se é porque a dança curta exigia ritmos mais animados (blues/hip-hop/swing) que muitas duplas optaram por programas longos mais suaves, o que gerou uma sequência de programas bonitos, mas sem graça, especialmente os do top 3. Amei o programa dos Shibs na temporada passada, achei o desta temporada genérico. Fiquei emocionada com o programa de Papadakis/Cizeron no mundial passado, mas o programa atual não me provoca nenhuma emoção. Até gosto do início do programa de Virtue/Moir, mas quando começa a parte cantada eu não consigo não resmungar internamente. Por outro lado, amo, amo, amo o programa curto de Virtue/Moir. Os passos iniciais e a primeira sequência de passos são super rápidos, precisos e cheios de energia.

Gilles / Poirier
Fonte: Eggplant

Por sorte, Gilles/Poirier existem, com toda sua esquisitice e criatividade. O programa curto deles é bem divertido e animado, bastante kitsch, mas eu gosto. E o longo, um tango, é ótimo. Depois do Skate Canada, em que eles derrotaram Capellini/Lanotte, achei que eles só evoluiriam e conseguiriam subir algumas posições durante a temporada, mas infelizmente não deu. Ainda assim, foram ótimas apresentações.

Confesso que não entendo nada sobre a parte técnica dessa categoria, então as pontuações imprevisíveis, principalmente no programa curto, me deixaram bastante confusa. Sei que na dança o que mais pesa é o nível de cada elemento, mas não tenho a capacidade de avaliar essas coisas, então só fiquei perdida ao ver os Shibs indo relativamente mal e Hubell/Donohue indo tão bem. Também fiquei surpresa com alguns erros atípicos de algumas das duplas principais. Ou seja, essa não foi uma competição tão empolgante de assistir.

Preferidos no programa curto: Virtue/Moir, Gilles/Poirier

Preferidos no programa longo: Gilles/Poirier, Smart/Diaz, Nazarova/Nikitin

Masculino


As pessoas sempre brincam que quando as mulheres vão mal, os homens vão bem e vice-versa, e foi isso o que aconteceu aqui.

No programa curto, boa parte dos patinadores dos dois últimos grupos teve seu melhor desempenho de toda a temporada e foi muito empolgante acompanhar programa limpo após programa limpo. Fiquei feliz por ver o Denis Ten com uma boa performance, mesmo que o programa seja horrível e estranho (o que é aquele Quebra-nozes no meio da música?), me surpreendi como sempre com a qualidade dos saltos do Boyang e fiquei um pouco preocupada com o erro do Yuzuru, mas ele errou com estilo, haha, e no final isso talvez tenha sido bom psicologicamente para ele.

O top 3 patinou excelentemente e ultrapassou os 100 pontos. Acho que já comentei aqui várias vezes que odiava o Patrick, mas agora gosto dele. Adoro a leveza e a fluidez dele, e foi bom ver que um programa tecnicamente não tão difícil ainda pode atingir grandes pontuações. O Shoma é o meu favorito e fiquei morrendo de nervosismo por ele, mas no final eu não precisava ter ficado tão nervosa, porque ele foi excelente e fez sua melhor pontuação. E o Javi, bem, não gosto muito dele, mas ele fez uma apresentação magnífica e os saltos dele são muito bons quando ele acerta. Ainda acho a nota artística dele meio inflada comparada à do Patrick, mas tudo bem.

Shoma
Fonte: Eggplant

O programa longo não foi tão limpo no geral, mas teve apresentações marcantes e rendeu o meu pódio favorito da temporada. Infelizmente dormi demais e perdi a primeira metade dos patinadores, então não tenho muito a comentar sobre os primeiros grupos além de: Misha, vou sentir sua falta se você realmente se aposentar.

Quanto aos três medalhistas, Yuzuru bateu o próprio recorde, finalmente conquistou um novo título mundial e derrotou seu inimigo: a combinação do quádruplo salchow. O programa dele não é o meu favorito, por mais que eu tenha me apegado à música (acho que prefiro o Yuzuru com programas mais épicos/dramáticos, porque quando ele patina músicas mais delicadas eu não sinto tanto a interpretação dele), mas é inegável que quando ele patina bem ele é o melhor.

O Shoma conseguiu sua melhor pontuação e terminou em segundo com apenas dois pontos atrás do Yuzuru. Não foi uma apresentação perfeita, mas ele acertou o quádruplo loop, que ele costuma errar, conseguiu fazer todos os combos, escolheu a roupa certa e manteve a intensidade de costume. Sou uma fã que não confia muito nos meus favoritos, então que bom que ele mostrou que eu estava errada e teve sua melhor apresentação até o momento, nos dois programas. E ele terminou o mundial com um sorriso!

Já o Boyang não tem um estilo que me agrada tanto, mas ele é tão divertido fora do gelo que fico muito feliz com a medalha dele. Só fico chateada que ele disse que vai manter os dois programas na temporada que vem. Os programas funcionam bem e combinam com a personalidade dele, mas não têm nada de muito especial para eu querer ver eles de novo (não gosto quando repetem programas).

Casamento no mundial. Que lindo!

Esse pódio foi quase o meu pódio dos sonhos e me deixou animada pelos dias seguintes, me fazendo ignorar as coisas ruins que também aconteceram no mundial. Para melhorar, esse mundial ainda gerou uma enorme quantidade de fotos, entrevistas e momentos divertidíssimos para nós, fãs. Quando você acha que agora vai ter tempo para fazer outras coisas agora que o mundial acabou, surge uma nova entrevista que você precisa assistir, mesmo sendo em japonês, língua que você não fala.

Meus momentos favoritos foram a entrevista com perguntas das fãs na cerimônia de premiação da medalha pequena (ok, esse termo ficou estranho em português), que teve momentos hilários e muito fofos (Misha intérprete! Shoma gosta de anime! Yuzuru não foi convidado para jogar videogame com Shoma e Keiji!) e essa foto do Yuzuru e do Shoma comendo ajoelhados na cozinha (?). Esse mundial gerou momentos de interação entre Yuzuru e Shoma suficientes para eu ficar lembrando de uma coisa aqui e outra lá e ficar rindo sozinha. Adoro esses dois! Sim, sou muito fangirl, hahaha.

Preferidos no programa curto: Shoma Uno, Patrick Chan, Mikhail Kolyada

Preferidos no programa longo: Shoma Uno, Yuzuru Hanyu, Misha Ge

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Concluindo, foi um mundial cheio de altos e baixos, mas para mim os altos superaram os baixos. A próxima temporada é a olímpica, o que significa que haverá muito mais tensão, muito mais gente vai prestar atenção no esporte, mesmo que por apenas uma semana, e que teremos muitos programas com músicas batidas (e La La Land). Mal posso esperar.

Notas adicionais: minha irmã passou a se interessar mais por patinação e chegou até ao ponto de acordar cedo para assistir às competições e ver longos vídeos com entrevistas que não entendemos. Obrigada por me acompanhar nessa jornada!

#cansados
Fonte: Instagram do Misha