terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Projeto Ghibli #5: Gauche, o violoncelista


Gauche, o violoncelista
Título original: Cello Hiki no Gauche
Diretor: Isao Takahata
Ano: 1982

Baseado em um livro do escritor Kenji Miyazawa, esse filme curto, de pouco mais de uma hora, nos apresenta Gauche, um jovem violoncelista que toca em uma orquestra local. Criticado duramente pelo maestro durante os ensaios, ele passa a treinar com afinco em seu pequeno chalé. No entanto, seus ensaios são sempre interrompidos pelos animais que vivem nas redondezas, que pedem que ele toque para eles. No início Gauche fica irritado com as interrupções e trata os bichinhos com impaciência, tocando violentamente para espantar o gato ou se recusando a tocar as notas pedidas pelo cuco, mas no final ele percebe que suas interações com os animais o ajudaram a aprimorar suas habilidades musicais.

O enredo é bastante simples e segue uma fórmula previsível, com a lição de que podemos aprender coisas novas de fontes inesperadas e alcançar a excelência por meio do esforço. Os animais que visitam Gauche são fofos e protagonizam momentos divertidos ou comoventes, como o do ratinho curado pelo som da música. Gauche, no entanto, não é o personagem mais simpático do mundo, principalmente no início.

Observem a foto do Beethoven ao fundo. Medonha, né?

O que mais se destaca no filme é a música, como seria de se esperar de uma animação sobre um violoncelista. A sinfonia tocada pela orquestra é nada mais, nada menos que a 6ª sinfonia de Beethoven, a Pastoral, minha música preferida. Além de ser executada pela orquestra, ela serve de trilha sonora durante todo o filme, embalando as belas cenas bucólicas (impossível não lembrar de Fantasia nesses momentos). A sinfonia foi muito bem utilizada, sempre em sintonia com os acontecimentos na vida de Gauche, de modo que quase dá para pensar que ela foi composta especialmente para o filme.

A trilha sonora realmente dá vida à animação e transforma o que poderia ser apenas uma história simpática em algo mais marcante, mas talvez esse seja apenas a opinião de uma fã de carteirinha da Pastoral, que sentiu o coração palpitar mais forte só de ouvir os primeiros acordes logo no início do filme. De qualquer forma, vale a pena assistir o filme e tirar suas próprias conclusões.

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