sexta-feira, 28 de novembro de 2014

DL do Tigre: Meus 15 anos


Título: Meus 15 anos
Autora: Luiza Trigo
Editora: Rocco

Bia está prestes a dar uma grande festa de 15 anos, a melhor que os seus colegas já viram. Além de realizar esse sonho, ela também deseja que Thiago, o garoto popular do colégio, finalmente a enxergue e dance com ela, para a infelicidade de Bruno, melhor amigo de Bia, que tem uma quedinha por ela. Enquanto as amigas de Bia farão de tudo para ajudá-la, Jéssica, a riquinha esnobe, fará de tudo para estragar a festa.


Fiquei com vontade de ler esse livro após ler o e-book As Valentinas, disponível para baixar gratuitamente, uma história curtinha anterior ao que se passa no romance. O teaser não foi o suficiente para me fazer comprar o livro, mas foi o suficiente para me fazer participar de um sorteio no blog Psychobooks, e acabei ganhando, yay! (Na mesma semana, ganhei outro livro em sorteio desse mesmo blog e me achei a mais sortuda das pessoas, hehe.)

Não tinha muitas expectativas em relação ao livro porque definitivamente não sou o público alvo. Já passei dos quinze anos faz tempo, não tenho saudades da minha adolescência e não dou a mínima para grandes festas e celebrações do tipo. Já tinha achado As Valentinas bem bobinho, então era isso o que eu esperava de Meus 15 anos: um bobinho divertido e gostoso de ler. E foi isso o que tive.

Acompanhamos cinco diferentes focos narrativos no livro: Bia, Amanda (a melhor amiga), Bruno, Thiago e Jéssica. Isso é muito legal por nos possibilitar ver os mesmos acontecimentos de diferentes perspectivas. No entanto, achei que isso seria mais bem aproveitado se alguns dos personagens não fossem tão planos. Senti falta de profundidade principalmente nos antagonistas, que ficam naquela de popular pegador e rival metida e malvada.

O livro tem uma história meio manjada, mas é legal poder ler livros adolescentes sobre a nossa realidade brasileira, em vez dos americanos de (quase) sempre. Provavelmente quem teve uma adolescência mais marcante e mais parecida com a do livro (e quem ainda está nessa fase) vai aproveitar melhor a leitura.


Minha irmã também leu e resenhou o livro, deem uma olhada na resenha dela se quiserem uma segunda opinião (que é bem parecida com a minha, mas tudo bem, isso que dá ter uma irmã com gostos parecidos).

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Anime: Usagi Drop


Usagi Drop
Ano: 2011
Nº de episódios: 11

Quando seu avô morre, Daikichi, um homem solteiro de 30 anos, descobre que o velho tinha uma filha de seis anos. Diante da má vontade do resto da família com a menina, Daikichi decide criá-la, o que faz sua vida se transformar totalmente.

Animes em geral são muito voltados a personagens adolescentes, e relacionamentos entre pais e filhos acabam deixados de escanteio, por isso é muito bom ver uma série que consegue tratar desse tema com delicadeza. Como pai de primeira viagem, Daikichi se vê cheio de dúvidas, faz drama por coisas pequenas, sacrifica parte de sua vida social e profissional para poder criar Rin. E Rin é uma menina encantadora, sensível e inteligente. E as expressões faciais dela são as mais fofas!

Rin e suas expressões fofas

Se tenho algo a criticar, é uma certa falta de conflito entre Rin e Daikichi. Rin tem suas dores por ter perdido o pai e estar em um ambiente novo, mas em geral ela age como a criança ideal: é comportada, não faz birra, é responsável, entende tudo com facilidade. Já Daikichi tem que modificar seu estilo de vida para cuidar de Rin, mas esses sacrifícios não são retratados como algo muito difícil. Ou seja, o relacionamento deles é meio idealizado, é tudo muito agradável e não há grandes obstáculos no caminho dos dois. Mas a verdade é que quando você está assistindo você não liga para isso e só quer que todos sejam felizes para sempre. :)

Kawaii :3

Usagi drop é um anime muito elogiado e essa fama é merecida. É muita fofura, muita ternura, muita delicadeza, com um pouquinho daquele gosto agridoce do qual eu tanto gosto.

Obs: o anime adapta apenas a primeira metade do mangá. O mangá tem um fim polêmico e muita gente considera que ele arruína completamente o resto da obra. Eu não li, mas admito que estou curiosa. Apesar de saber o que acontece, quero saber como acontece, porque acho esse final muito absurdo.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

DL do Tigre: A maçã envenenada

Título: A maçã envenenada
Autor: Michel Laub
Editora: Companhia das Letras
Tema do mês: Brasileiro

Fiquei em dúvida se resenharia ou não esse livro porque ainda não estou muito certa do que achei dele e minhas resenhas tendem a ficar chatas e vazias quando isso acontece, mas resolvi tentar.

Minha irmã ganhou o livro da minha tia, no Natal, e desde então ele amargou a fila dos livros ainda não lidos, apesar de eu estar bem curiosa para ler algo do autor. Eu não sabia quase nada sobre o enredo além de que ele falava sobre o show do Nirvana em São Paulo, e isso não me animava muito porque o Nirvana não é uma banda que eu conheça muito bem, só reconheço uma meia dúzia de hits e acabou.

O livro é sobre o relacionamento do protagonista com sua primeira namorada, Valéria, e as consequências desse namoro. Ambos tinham 18 anos, tocavam em uma banda e tinham gosto musical parecido, mas o relacionamento começou a desandar. Quando o Nirvana vem tocar no Brasil, o protagonista servia no exército e se vê dividido entre fugir do quartel para ver o show com Valéria ou continuar sua vida tranquila e pôr um ponto final no namoro, dilema que afetará profundamente sua vida.

Apesar de ser um livro bem escrito, a leitura não me empolgou. Como já disse antes, não sei muito bem o que agradou e o que desagradou no livro, então encerro esse post por aqui, desculpa. :P

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O homem da lua


O homem da lua
Título original: Der Mondmann
Diretor: Stephan Schesch, Sarah Clara Weber
País: Alemanha/França/Irlanda
Ano: 2012

Está rolando aqui em São Paulo o 12º Festival Internacional de Cinema Infantil, com filmes variados para as crianças e para os não-tão-crianças-assim. Ao dar uma olhada na programação, descobri essa animação, da qual não tinha ouvido falar, mas que parecia ter um traço agradável, e fiquei com vontade de ver. Foi só quando a minha irmã disse que esse é um filme com o qual vivemos nos deparando ao jogar What The Movie é que decidi que precisava assisti-lo, porque se o filme tem cenas deslumbrantes assim, mesmo se for um lixo de história, ele ainda será minimamente bom.

Felizmente o filme é bem mais do que uma carinha bonita, embora a carinha bonita seja o seu ponto mais forte.


Ele conta a história do Homem da Lua que, entediado e solitário, pega carona em um cometa e vem parar na Terra. Aqui, ele é perseguido por um vilão megalomaníaco que, após conquistar todos os países do nosso planeta, quer expandir seus poderes até a Lua. Apesar do perigo que corre, ele faz amizade com um inventor que promete ajudá-lo.

A história em si é simples e bem infantil, mas o filme não se limita apenas a esse público (e aos fãs de animações bonitas). Há uma série de detalhes nas cenas, um humor mais sutil e algumas referências que agradarão especialmente os adultos.

É um filme um tanto quanto lento, e embora eu tenha gostado dos momentos mais parados e contemplativos, ele me pareceu ter bem mais que os 95 minutos que realmente tem. Por esse motivo, acho que não é um filme muito recomendado para crianças elétricas que não conseguem parar quietas.

A trilha sonora merece ser mencionada aqui. A trilha instrumental é muito agradável e as canções foram bem selecionadas e usadas nos momentos certos. Sei que o silêncio não conta como trilha sonora, mas achei que ele também foi um recurso bem explorado nesse filme.


E agora vamos falar da arte! O traço dos personagens é bem "cartunizado" e simples, mas há bastante variação entre eles (as crianças são mais uniformizadas e "redondas", mas os adultos têm traços bem marcantes). Há muitas criações visualmente interessantes, como a casa do inventor e a floresta por onde os personagens passam diversas vezes.

As paisagens são de encher os olhos. Mesmo quando é apenas um campo amarelado ou um céu estrelado com a lua, o uso de cores fortes e contrastantes torna tudo uma delícia de ser ver. Dava para criar pôsteres lindos com muitas das cenas do filme.


O ponto alto, na minha opinião, foi a sequência em que o Homem da Lua, ainda explorando o desconhecido, cai na água e flutua riacho abaixo ao som de Moon River. Os tons vivos sobre fundo preto, as plantas exuberantes, a música em sintonia com o que estava acontecendo, foi tudo lindo demais, uma das coisas mais bonitas que já vi no cinema. Gostaria de ter encontrado o vídeo dessa parte para compartilhar aqui, mas não achei, então fiquem com esse vídeo (em alemão) com o trailer e algumas das cenas iniciais:


sábado, 8 de novembro de 2014

Listas rápidas: autores na geladeira

Vi no blog .Livro essa ideia de criar listas a partir de um determinado tema e achei bem legal (adoro listas ;D). Até então os temas não tinham sido muito do meu interesse, mas esse último, de autores na geladeira, me fez ficar pensando, então decidi postar a lista aqui.

Segundo o autor do blog, autores na geladeira seriam aqueles que você tem muita vontade de conhecer, mas que por algum motivo ainda não leu, ou aqueles de quem você já leu algo, amou e ficou louco de vontade de ler mais, mas não leu.

Os meus são:

- Stephen King: faz um tempão que quero ler. Planejava ler em algum dos Desafios Literários, mas não consegui pegar na biblioteca na época. Recentemente comprei um livro dele, Love, e veremos quanto tempo ficarei adiando a leitura.

- Chuck Palahniuk: todo mundo fala bem e morro de vontade de ler. Tem alguns livros dele na biblioteca. Por que eu não pego? Sei lá, acho que quero começar com o Clube da Luta.

- Nadine Gordimer: li altas resenhas elogiosas, já sei de pelo menos dois livros dela que quero ler, tem um na biblioteca e... ainda não li. ._.

- John Green: às vezes me sinto meio por fora, porque todo mundo já leu John Green, menos eu. (Mentira, li o conto dele no Let It Snow, bem ruinzinho, haha)

- Will Self: comprei O livro de Dave faz um bom tempo e ele está esquecido no meu armário, o limbo dos livros.

- Jonathan Franzen: meu pai tem Liberdade, leu e sempre me pergunta se eu já li. Não, ainda não li.

- Sharon Creech: autora de Andar duas luas, um dos meus livros preferidos de todos os tempos. Imagino que ela não tenha mais coisas publicadas no Brasil, mas acho que tenho alguns e-books dela baixados aqui. E eu li? Não.

- John Updike: li um livro de contos, gostei muito (um dos contos inclusive ~mudou a minha vida~, se é que podemos falar assim) e pensei que ele seria o primeiro de muitos. Peguei o Witches of Eastwick emprestado e ele está lá, esperando até hoje.

- Henry James: nunca li, mas tenho dois livros aqui na estante.

- Aravind Adiga: adorei O tigre branco e tenho o Entre assassinatos. Várias vezes, ao pensar qual será minha próxima leitura, cogito seriamente escolher o Entre Assassinatos, mas sempre acabo mudando de ideia. ._.

É isso. Façam suas listas também!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Randomicidades de outubro

Outubro foi um mês sem graça. Não fiz muita coisa, as leituras não empolgaram muito e postei pouco no blog, mas espero que as coisas voltem ao normal em breve.

Livros lidos

Gathering Blue e Messenger - Lois Lowry
Segundo e terceiro livros da tetralogia de The Giver. Gostei muito do fato de os livros se passarem no mesmo universo do primeiro, mas sem ser uma continuação direta, pois dessa forma podemos ir juntando os pontos e conhecendo melhor a sociedade criada pela autora. Demorei para engrenar na leitura do segundo e me decepcionei um pouco com o final do terceiro, mas são livros muito bons. Agora só falta ler o último, que vou deixar para depois. 
Nota: 4

Um homem de sorte - Nicholas Sparks


O caso de Charles Dexter Ward - H.P. Lovecraft
Livro chaaato. Não gosto muito de livros escritos em forma de relato, e é isso o que ele é. Não me empolgou em nenhum momento, não deu medo, não surpreendeu. Tive que fazer força para não abandonar. No entanto, ainda tenho vontade de ler outros livros do autor e acho que os contos têm mais chances de me agradar.
Nota: 2


Wunderkind - Carson McCullers
Livro curtinho com quatro contos da autora. Gostei bastante de dois e não tanto dos outros dois.
Nota: 3


O verão de Chibo - Vanessa Barbara e Emilio Fraia
Adoro as crônicas da Vanessa Barbara, então tinha altas expectativas em relação ao livro, mas ele acabou se revelando confuso e na-mente-da-criança demais para o meu gosto. Me perdi no milharal e durante boa parte do tempo eu queria mesmo era ir para casa.
Nota: 2,5


We Were Liars - E. Lockhart
O YA popular do momento com um final surpreendente do qual não podemos falar demais para não estragar a surpresa, mas que, ao falarmos que é surpreendente, acabamos direcionando a leitura dos futuros leitores para ficarem procurando tudo quanto é pista e elaborando suposições. Foi um livro devorado em apenas um dia e achei que é digno do hype.
Nota: 4

Livros comprados


Só um, Solanin, de Inio Asano, que na verdade foi comprado em setembro, mas só chegou agora. Ouvi falar muito bem desse mangá, mas diziam que estava esgotado. Como vi que o site da Saraiva não dizia nada a respeito disso, resolvi arriscar e, no final, valeu a pena. O mangá demorou, mas chegou! (e agora preciso comprar o segundo volume...)

Filmes


Vi quatro filmes em outubro: As vantagens de ser invisível, Detona Ralph, Branca de Neve e os sete anões e Um conto chinês. Nenhum foi especialmente bom, nenhum foi ruim.
Finalmente comecei meu projeto de rever todos os filmes da Disney em ordem cronológica, que é algo que eu vinha planejando faz tempo. Veremos se consigo seguir com o projeto até o fim.

Animes


Os livros e filmes de outubro não foram dos mais empolgantes, mas os animes compensaram. Assisti Wolf's Rain (resenha aqui), que é simplesmente fantástico, e comecei a assistir Usagi Drop, simplesmente adorável, e a nova temporada de um dos meus animes preferidos, Mushishi Zoku Shou.