quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tag: os sete pecados literários

Depois de uma overdose de patinação no gelo, vou voltar às postagens normais (e mais escassas) sobre livros. Talvez eu volte a falar de patinação no mundial, já que não consigo tirar isso da cabeça e que, aparentemente, os posts sobre patinação foram mais acessados que meus posts usuais.

Essa tag dos sete pecados é velha e resolvi respondê-la depois de ver no blog Resumo da Ópera. Tem um monte de tags que quero fazer, mas a preguiça nunca deixa...

1. Ganância
Qual o livro mais caro da sua estante? E o mais barato?
Os mais baratos são Uma outra vida (John Updike), O caso da criada desaparecida (Tarquin Hall) e Unhas (Paulo Wainberg). Cada um custou dois reais no sebo para arrecadar dinheiro para a formatura da escola da minha irmã. Não só já li todos, como foram leituras válidas para o Desafio Literário. ;)


O mais caro pago com o meu dinheiro provavelmente foi minha edição de The Life and Opinions of Tristram Shandy, Gentleman de Laurence Sterne. Custou 70 reais, se não me engano. A edição é bem bonita e modernosa, e brinca com as inovações estilísticas do romance, mas não valeu muito a pena para mim, porque achei o livro difícil de ler em inglês e tive que recorrer à tradução brasileira (mas essa peguei na biblioteca mesmo, não ia comprar duas versões do mesmo livro).

2. Ira
Com qual autor você tem uma relação de amor e ódio?
Tive dificuldade em pensar em algum autor com quem me sinta assim. Em geral sou meio indiferente nas leituras, é raro eu sentir ódio e, quando amo, costumo ficar meio imparcial e incapaz de ver as coisas de forma negativa.
Pensei em dois autores que podem se encaixar nessa resposta, de maneiras bem diferentes.
O primeiro é o Roald Dahl, meu escritor preferido. Adoro os livros dele, mas quando fiz uma pesquisa sobre o autor, descobri todo tipo de história que não o deixou sob uma luz muito favorável. Muito disso é boato, mas mesmo assim ele não parece ter sido uma pessoa das mais agradáveis. E por mais que eu adore seus livros, às vezes ele exagera na dose dos adultos malvados e/ou idiotas.
O outro é o Eoin Colfer. Comecei a ler a série Artemis Fowl na adolescência e me tornei fã, mas ele deveria ter posto um ponto final lá no terceiro volume. Em vez disso, ele continua escrevendo e tornando a história mirabolante demais para o meu gosto. Volte a escrever livros como A lista dos desejos, por favor!

3. Gula
Que livro você devorou sem vergonha nenhuma?
Harry Potter e a Câmara Secreta. Minha mãe comprou para mim no dia do lançamento no Brasil e eu passei o resto do dia lendo. Fui na festa da minha prima à noite com a cabeça no livro. Voltei para casa e devorei o restante. E mal acabei, comecei a reler. Única vez que isso aconteceu. ;P

4. Preguiça
Que livro você negligencia há anos por pura preguiça?


Tem vários livros grandes e difíceis que vão sendo deixados para depois, mas tem um que nem é tão grande nem "cabeçudo", mas foi negligenciado por mim por bastante tempo, Cloud Atlas de David Mitchell. Minha mãe comprou para mim e eu nem sabia direito sobre o que era a história; quando o filme foi lançado, me pareceu meio estapafúrdio e perdi um pouco da vontade de ler. Como acho que tem chances de eu não gostar, ele ser meio grandinho, ter um enredo meio estranho e ser em inglês (ando com preguiça de ler em inglês), ele se encaixa aqui. Mas a capa é bonita. :)

5. Orgulho
Que livro você tem orgulho de ter lido?
Tristram Shandy! Tive muita dificuldade de ler em inglês e acabei desistindo após ler cerca de dois terços. Depois de alguns meses, peguei a tradução e li de cabo a rabo sem maiores problemas. E apesar dos trechos chatos, das digressões imensas e dos milhões de referências, consegui me divertir bastante com o livro. :D

6. Luxúria
Que atributos você considera mais atraentes nos personagens?
Não sei, mas em geral não gosto de personagens muito bonzinhos. E não costumo gostar dos protagonistas.

7. Inveja
Que livro você inveja nas prateleiras das livrarias?


Gosto muito da edição da Zahar para O corcunda de Notre Dame. A capa é bonita e meio turquesa/teal ♥. Nem sei se ele é caro, mas é o tipo de livro que não sei se vou gostar, então não me arrisco a comprar.


Claro que também invejo as edições lindas da Cosac Naify e tenho vontade de ler/ter Oblómov de Ivan Gontcharóv, entre outros.

Depois vou ver se respondo a versão dessa tag para esmaltes. ;)

domingo, 23 de fevereiro de 2014

[Sochi] Feminino + gala + melhores e piores momentos

Olimpíada de Inverno acabou e agora sinto um vazio na minha vida depois de quase duas semanas de patinação. 

A competição feminina não é a minha preferida, apesar de ser a de muitos. Minha atleta preferida sentimental é a Akiko Suzuki, e meu único momento de ansiedade foi quando ela apresentou o programa curto. O resto foi razoavelmente indiferente para mim. Ou não.

Destaques:

- Isadora Williams, primeira patinadora a representar o Brasil na Olimpíada de Inverno. Ela ficou em último, cometeu muitos erros, mas acertou na escolha da música (Dark Eyes) e conquistou o público russo.

- Diferentemente do masculino, aqui não teve ninguém para entreter o público nos grupos iniciais, estilo Misha Ge. Mas gostei das duas coreanas.

- Nunca liguei muito para a Valentina Marchei, mas achei ela muito confiante e elegante nessa temporada. Aprovada!

- Akiko Suzuki não brilhou tanto quanto de costume no SP, achei chatinho. Mas no LP ela estava leve e graciosa como sempre. Uma pena os erros...

- Achei que a Ashley Wagner merecia uma pontuação melhorzinha, mas não analisei nada, foi mera impressão.

- Mao Asada foi muito mal no SP (16º), com dois saltos underrotated. Foi triste, muito triste, mas isso possibilitou um grande ~momento de superação~ no LP, com triple axel e tudo. Fiquei meio emocionada quando ela chorou no final. :X

- Yulia Lipnitskaya, a menina elástica, cedeu a pressão de toda a Rússia e caiu uma vez em cada programa. Fiquei com um pouquinho de dó, principalmente ao ver a cara dela emburrada no kiss & cry, mas ri um pouquinho por dentro também *má*.

- Carolina Kostner foi linda. Depois de anos de inconsistência, ela conseguiu brilhar nessa que provavelmente é a última olimpíada dela. Achei o SP dela ao som de Ave Maria lindíssimo e o LP muito bom também. Bronze merecido. *-*

- Yuna Kim: acho ela meio zzzzz. É elegante, é segura, tem presença no gelo, faz os elementos de modo correto. Zzzzzzzzz. Se ela tivesse ganhado (ou a Carolina), seria merecido, mas não acho que os juízes roubaram. O aumento de PCS e GOEs da Adelina é suspeito, mas ela patinou tão bem quanto a Yuna.

- Adelina Sotnikova tem programas blah, mas os apresentou bem. Bons saltos, mas nada memorável. Tem muito o que melhorar e estou curiosa para ver.

Gala:
Faz muito tempo que não assisto as exibições no final de competições. É sempre divertido e pelo menos as escolhas musicais são menos zzzzz que o normal. Só fiquei chateada com essa gala porque vários programas eram velhos... Mas gostei bastante de ver o Super Javi de novo, do programa da Mao (Smile + What a wonderful world), da Yuna (Imagine)...

E agora os meus momentos favoritos e menos favoritos da Olimpíada:

Desfavoritos:
- Daisuke Takahashi não ganhou medalha.
- Pechalat/Bourzat não ganharam medalha.
- O tombo de Jeremy Abbott no SP.
- Mao indo mal no SP.
- Inflação russa.

Favoritos:
- Apesar de não ganhar medalhas, Daisuke patinou bem e foi lindo como sempre.
- A recuperação de Jeremy Abbott pós-tombo e no FP.
- A recuperação de Mao no LP.
- SP do Yuzuru.
- Chan não ganhou.
- Yuna não ganhou.
- Hurtado/Diaz fortes e fabulosos.
- A camaradagem dos atletas no kiss & cry da competição por equipes.
- O sucesso que foi a transmissão da patinação aqui no Brasil!!! Espero que isso prove às emissoras que a patinação tem público por aqui, sim.





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

[Sochi] Ice dance


A dança é minha categoria preferida da patinação artística e a única em que os atletas "piores" costumam me impressionar mais que alguns dos "melhores".

Não posso reclamar dessa competição na Olimpíada, porque todas as duplas tiveram bons desempenhos e houve poucos erros observáveis.

Das duplas que ficaram na rabeira, gostei bastante de Paul/Islam e achei que mereciam uma nota melhor na FD. Sei que eles parecem uma cópia de Virtue/Moir e fiquei magoada porque ele ficaram com a terceira vaga do Canadá, deixando Gilles/Poirier e o programa de Hitchcock para fora da Olimpíada, mas achei o programa bom e gostei da fluidez deles no gelo.

Amei o programa de Hurtado/Diaz, um dos meus preferidos desta temporada. E dessa vez eles não caíram como no Campeonato Europeu, acertaram tudo. Acho que mereciam notas melhores de coreografia... Mas o que importa é que muita gente que ainda não os conhecia ficou conhecendo, uhul!

Gosto bastante de Zlobina/Sitnikov, desde que vi a FD deles de 2012. Aqui eles usaram as músicas de "Pina" e apesar de interessante, poderia ter sido melhor e mais... estranho e louco.

A FD deles no Europeu de 2012:


Zhiganshina/Gazsi são muito divertidos e gostei da ideia de terem uma FD que continua a história da SD, mas acho que para quem vê sem saber fica confuso. Se eu não tivesse lido sobre isso, não entenderia a história e ficaria me perguntando porque eles estão usando as mesmas roupas.

Coomes/Buckland foram divertidos na FD.

Achei os Shibutanis bem elegantes na SD (e gostei do vestido da Maia), mas a FD foi meio chata (dois programas de Michael Jackson na mesma competição? Só eu que não acho MJ tão adequado assim para ice dance?).

A cantoria da música da FD de Chock/Bates me distraiu completamente do programa deles. Esse é o tipo de música cantada que não ajuda muito na performance, as pessoas vão prestar mais atenção na música (gostem dela ou não) do que no que acontece no gelo. Espero que a partir da próxima temporada, quando músicas cantadas passarão a ser permitidas, os patinadores tenham bem senso nas escolhas.

Gosto muito de Weaver/Poje, mas eles não foram tão bons na SD, ficando na sétima posição (mas a cor do vestido da Kaitlyn era linda). A FD foi muito forte e no geral as notas foram razoáveis, mas ficaram em sétimo no final mesmo. :/

Não gosto muito de Bobrova/Soloviev, mas admito que gosto da FD deles (que na verdade é da temporada passada). Tem uns movimentos coreográficos diferentes que me lembram zumbis, mas li em algum lugar que a história é: no começo ele é louco e ela tenta o salvar. No final, ela fica louca. Depois de saber, até dá para ver isso na dança, mas sem saber fica difícil (mesmo caso de Z/G). E eles usam roupas simples, ponto positivo para eles!

Pechalat/Bourzat são meus preferidos, sempre inventivos na criação dos programas. Essa é a última temporada deles e fiquei meio sentimental, porque queria tanto que eles terminassem bem com uma medalha... Não deu, mas eles fizeram apresentações fortes. Gosto da SD mais sensual e menos "efervescente" que as outras, mas aparentemente isso não é desejável para o finnstep... A FD deles foi muito boa, com um conceito fofo e boas seleções musicais, e eu adoro como eles sempre tem as roupas mais estranhas ;).

Achei eles um pouquinho lentos, mas não sei quais foram os outros problemas deles. Ao se examinar os GOEs, eles receberam muitos 1 dos juízes, enquanto I/K receberam quase tudo acima de 2. Mas aí não sei se foi falha de P/B ou simplesmente habilidade de I/K que brilharam na hora certa. 

Ilinykh/Katsalapov tiveram performances incríveis depois de toda a inconsistência deles nos últimos anos. Não sou particularmente fã de nenhum dos programas, mas a FD tem bons momentos de destaque, como o primeiro levantamento. No geral, achei a coreografia vazia e alguns levantamentos meio "trabalhosos", não digno da nota que recebeu, mas digno do terceiro lugar.

Gostei muito da SD de Virtue/Moir, muito elegante e refinada, com boas escolhas musicais. Se eles foram inconsistentes durante boa parte da temporada, aqui foram quase perfeitos.

A FD continua meio zzzzzzzz para mim, além de ter uns momentos açucarados ao excesso e aquela expressão de "olhando para o horizonte com expressão embevecida" que às vezes aparece nos programas de V/M. Para mim, não funcionou, mas achei um bom programa de despedida para os fãs deles e para eles. Até me emocionei um pouquinho.

Já escrevi aqui antes que não gosto da SD de Davis/White. A música faz meus ouvidos doerem e o vestido da Meryl faz meus olhos sangrarem. Exagerei um pouco, e são motivos idiotas para não gostar do programa, mas é que além disso não há nada obviamente bom ou ruim nele. 

A FD deles é bem vistosa, mas é do tipo que se gasta com o tempo. Da primeira vez é UAU, depois vai perdendo a graça. Eles tiraram 10 em interpretação e coreografia, o que eu não entendo muito bem... 

No geral, foi um evento bom, mas previsível. E a maior imprevisibilidade (I/K com bronze em vez de P/B) foi bem a mais triste. :(

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

[Sochi] Masculino


Dois dias muito tensos.

O SP correu de maneira razoavelmente tranquila, com exceção da desistência de Plushenko devido a contusão. Sei que não é lá muito bonito da minha parte, mas fiquei aliviada com a desistência dele, porque não estava preparada para ver ele ser bem recompensado com aqueles programas horrendos dele.

Misha Ge mandou bem, sempre com sua personalidade exuberante e divertida.

Gostei bastante do Michael Christian Martinez, das Filipinas. Ele tem uma história sofrida de não ter dinheiro para pagar o treinamento, teve que hipotecar a casa etc. (sob story típica de American Idol), mas o que importa é que ele tem bastante potencial e tem um biellman spin bonito. E acabou na 19ª posição. Nada mal!

O Florent Amodio cometeu um monte de erros. Não gosto muito dos últimos programas dele, ele acabou tomando um rumo meio exagerado e cafona, artisticamente falando. No entanto, não consigo desgostar dele, sempre me lembro de quando o vi pela primeira vez, na Olimpíada de Vancouver, e do quanto gostei dele ali. Ele ficou bem chateado com os maus resultados. :/

Aqui um vídeo para relembrar Vancouver:


Não gosto muito do Kevin Reynolds, mas como foi bom ouvir AC/DC de verdade e não uma versão pasteurizada orquestrada de rock como vários usam. Não sou fã da banda e nem gosto tanto assim de rock, mas a música caiu muito bem no meio de todas aquelas trilhas sonoras e música clássica.

O Brian Joubert vai se aposentar e é isso meio triste, pois ele está na patinação desde que comecei a acompanhar, mas ao mesmo tempo é bom para ele, que já passou faz tempo do auge e não tem sido muito bem recompensado nas competições. Considerando que ele não vinha muito bem nos últimos anos e que os nervos sempre o dominavam nas Olimpíadas, ele foi ótimo aqui, 13º lugar, e pareceu contente.

Jeremy Abbott também sofre dos nervos e sempre colapsa em grandes competições. É um desses patinadores que nunca alcançaram todo seu potencial, porque ele é ótimo no artístico e costuma ter coreografias fantásticas. No SP ele caiu feio, se machucou e achei que ele ia desistir, mas ele se levantou e seguiu em frente. Para mim foi um desses momentos mágicos de superação e espírito olímpico *toca musiquinha*. Fiquei contente em ver ele lutar, porque ele é desses que surta após o erro e só vai piorando, mas aqui foi o contrário. E no FS ele simplificou os saltos e fez um programa relativamente limpo. 

Ele é outro dos que vai se aposentar, e vou sentir muita falta dele, de sua musicalidade e de suas ótimas escolhas musicais. Para alegrar, um vídeo da apresentação perfeita dele no campeonato americano deste ano:


O Jason Brown tem muito potencial, bom artístico, muito carisma. Infelizmente cometeu erros no FS, após um SP excelente, e caiu da 6ª para a 9ª posição. Eu achava que gostava mais do programa longo dele, mas vendo de novo, o curto é bom demais! :3

Peter Liebers me surpreendeu com o programa curto ao som de Clocks, uma apresentação bonita com saltos muito limpos. Mas o longo foi chato...

Han Yan tem alguns saltos wow, mas precisa melhorar o resto.

Eu sabia que meu preferido, o Daisuke Takahashi, não tinha muitas chances, mas estava nervosa, desejando que ele tivesse boas apresentações. E ele foi bem. Teve o quádruplo downgraded nos dois programas e outros errinhos, mas pareceu contente com seu desempenho e recebeu bons PCS, principalmente no longo. (mesma nota de interpretação, 9,39, que o Chan. Eu ficava morrendo de raiva ao ver o Chan com notas superiores às do Dai, que, na minha humilde opinião, é o melhor da atualidade nesse quesito, ele realmente sente a música, enquanto o Chan patina sempre do mesmo jeito independentemente da música (mas costuma ter boa coreografia). Mas agora o Daisuke recebeu a mesma nota, yay!)

Vou sentir muita falta dele agora que ele vai se aposentar. Espero que ele ainda participe do mundial e de muitos shows. A patinação vai ficar mais triste sem ele. :(

Então aí vai mais um vídeo, yay!


Eu gostava muito do Javier no ano passado. O cara tem carisma, vem de um país sem tradição na patinação e evoluiu muito nos últimos anos. O programa da temporada passada, do Chaplin, era perfeito para ele e ressaltava os pontos fortes dele. Os programas desse ano deixam a desejar. Eu coloquei ele com o bronze no meu pódio dos sonhos, mas ao assistir as apresentações, percebi que ele não gosto dele tanto assim e meio que torci contra. 

O Denis Ten surpreendeu de novo. Ano passado ele veio forte e conquistou a prata no mundial, mas teve muitos problemas neste ano e ficou afastado das competições. Eu não dava nada por ele. E aí ele vem e conquista o bronze. Achei legal.

Eu já cheguei a odiar muito o Patrick Chan. Em 2011-2012 ele recebia PCS incrivelmente altos e caía muito. Teve um GP em que ele caiu umas cinco vezes e ainda venceu do Oda, fiquei indignada, não me parecia justo. Aos poucos a raiva foi diminuindo e os PCS dele foram diminuindo levemente (ou o dos outros patinadores foi aumentando), e comecei a entender melhor os critérios para a avaliação dos PCS.

Eu não estava acreditando tanto na vitória dele, que alguns achavam assegurada, porque ele ficou a temporada inteira atrás do Yuzuru. Mas se ele ganhasse, eu não ficaria tão irritada. E ele não ganhou. Conseguiu errar um monte de saltos mesmo depois de o Yuzuru ter caído duas vezes e praticamente dado o ouro de bandeja. Como os PCS do Yuzuru não ficam muito atrás dos do Chan, ele não pode mais se dar ao luxo de dar uma de zamboni.

Não é irônico que o Chan, que vivia caindo e ganhava, perdeu sem cair de alguém que caiu duas vezes?

Foi uma decepção o Yuzuru ter ganhado com esses erros. Não acho que foi uma vergonha para o esporte, como algumas pessoas andam dizendo por aí, mas foi meio triste. Pelo menos ele pode se orgulhar de uma apresentação incrível no SP.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

DL do Tigre - The Book of Lost Things

Título: The Book of Lost Things (O livro das coisas perdidas, em português)
Autor: John Connolly
Tema do mês: julgando pela capa

Coisas que geralmente me atraem em uma capa: tipografia caprichada e/ou divertida; ilustrações simples; uso de cores fortes/contrastantes, mas com moderação.
Coisas que geralmente não me atraem em uma capa: fotos (principalmente de pessoas).

Dito isso, a capa de The Book of Lost Things tem tudo para me agradar. É vermelha, com tipografia bonita e silhuetas em preto. Tem esses galhos se entrelaçando e pequenos detalhes na ilustração que remetem à história.

Esse é um livro que me atraiu primeiro pela capa. Depois li alguma resenha de alguém do Desafio Literário do qual eu participava, e ele me pareceu promissor.

No entanto, não gostei muito. Acho que se eu lesse quando era mais nova, gostaria mais, mas agora fantasia meio que saturou para mim. Não tenho mais muita paciência para jornadas por reinos desconhecidos, encontros com criaturas mágicas, feitiços e maldições, batalhas pelo reino etc. E esse livro tem tudo isso.

Ele conta a história de um menino, David, que perdeu a mãe recentemente e se ressente com a nova esposa e o novo filho de seu pai. No jardim de casa, ele encontra um portal para outro mundo e, ao ouvir a voz da mãe morta o chamando, atravessa. Do outro lado encontra um mundo perigoso, com criaturas lupinas agressivas que desejam tomar o trono. David parte em uma jornada para encontrar o rei, que possui o Livro das Coisas Perdidas e pode o ajudar a voltar para casa. 

O livro tem um tom de conto de fadas e o universo fantástico criado pelo autor tem algumas de suas criaturas originadas a partir de contos, o que achei bem interessante, mas mal explorado. No geral, minha leitura não fluiu, faltou conexão entre cada aventura/desventura de David e eu não enxerguei muito bem o propósito do livro. Acho que li de má vontade e o livro mereceria uma leitura mais "carinhosa". Além disso, ele me lembrou bastante História sem fim, um dos meus livros preferidos, mas não apresenta a profundidade dele. De qualquer forma, ainda tenho vontade de ler outros livros do autor e não descarto uma releitura deste em algum momento do futuro.

Nota: 3/5

Capas de outras edições (umas bonitas, outras bem feias):

















(essas últimas são bem feias)

[Sochi] Pares


Pares é a disciplina que menos acompanho na patinação. É aquela dispensável, a que eu deixo de assistir quando o streaming está ruim ou o horário não ajuda. Consequentemente, muito do que assisti ontem e hoje foi novidade para mim.

Com exceção dos veteranos, vi poucas caras conhecidas. E percebi que ter assistido as apresentações de alguns na competição por equipes me fez gostar mais deles. Fiquei bem triste pelos erros dos italianos Berton/Hotarek e vibrei pela boa apresentação dos americanos Castelli/Shnapir, assim como gostei do desempenho dos chineses Peng/Zhang no curto e sofri com os erros do longo (e fiquei surpresa ao perceber que o Zhang da dupla é o mesmo Zhang da dupla Zhang/Zhang. Eu gostava deles).

Gostei bastante dos programas dos canadenses Duhamel/Radford, com vários movimentos originais. Também gostei dos outros canadenses, Moore-Towers e Moscovitch, com um programa curto divertido e um longo bonito.

Pang/Tong são meus preferidos sentimentalmente. Conheci e comecei a gostar deles no mundial de 2005, o mundial em que eu mais vibrei e torci fanaticamente. Gostei da graciosidade e leveza deles. Depois, com meu acompanhamento esparso dos pares, não segui a carreira deles com atenção, mas fico contente em vê-los ainda em ação. Nessa olimpíada eles apresentaram programas fortes e bonitos, mas cometeram pequenos erros e acabaram ficando em quarto. É uma pena, e tem gente que achou o resultado discutível, mas eu achei justo. Por mais que eu fique com aquela sensação meio amarga, pois essa provavelmente será a última olimpíada deles (e talvez a última competição), acho que eles podem ser orgulhar dessa participação.

Savchenko/Szolkowy são meus preferidos "conceitualmente". Gosto da ousadia deles, da criatividade nos programas e dos figurinos de gosto duvidoso. Eles foram bem no curto (ainda assim, 4 pontos abaixo de V/T), mas no longo o Robin caiu em um salto e eles arriscaram no triple axel lançado e caíram bem no finalzinho. Eu esperava que eles conseguissem a prata, mas não deu.

Eis alguns modelitos que eles já usaram:


























Lindos, não? (eu gosto dos de palhaço, até).

O casal russo Stolbova/Klimov me surpreendeu com uma apresentação bem segura, acertando todos os elementos, e um programa interessante.

E Volosozhar/Trankov venceram com 18 pontos de vantagem. Tecnicamente eles foram ótimos, mas ainda acho os PCS que eles recebem exagerados. Não gosto muito do programa curto deles e acho o longo beirando o ruim/chato, achei as notas muito infladas e me junto ao povo que reclama e reclama sem entender muito bem aos critérios da avaliação. Mas tudo bem.

Amanhã começa o masculino e acaba esse meu afastamento emocional que prevalece até agora (ou não prevalece, há). Amanhã começa o sofrimento pra valer.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

[Sochi] Competição por equipes

Mais dois dias de patinação e me sinto meio frustrada com as pontuações.

Rússia ganhou a competição por equipes, já esperado e merecido, pois é o único país bem equilibrado em todas as categorias. Canadá ficou com a prata e os Estados Unidos com o bronze.

O que me preocupa é a pontuação gigantesca de certos atletas. Espero que na competição individual as coisas mudem um pouco, porque senão meus favoritos não terão a mínima chance. :(

Achei tudo meio tedioso. Rússia e Canadá mandaram os times B, o time russo tinha programa da Família Addams e foi isso.

Masculino - [Protocolos (FS)]
Também meio tedioso. Sem Chan nem Yuzuru, Plushenko dominou.
O que dizer desse programa "Best of Plushenko"? É um Frankenstein, uma colagem de programas passados sem muita conexão entre si. É horrível, mas é Plushenko, então meio que funciona, hehe. Continuo achando ele meio overscored nos PCS (coreografia? interpretação?), mas ok.
Apesar da roupa horrível, gostei razoavelmente da apresentação do Machida. Reynolds é bom na técnica mas tem o artístico quase nulo. E o Jason Brown é muito carismático e patina com alegria, gosto da step sequence dele, bem contagiante.

Short Program:
Achei que a Wagner mandou bem e gostei do programa ao som de Pink Floyd, mas ela não recebeu as notas que esperava...
Mao caiu e teve o triple axel underrotated :(. Não sou a maior fã da Mao, mas gostaria muito que ela tivesse um bom desempenho nessa olimpíada. Depois de tantos anos acompanhando a trajetória dela, seria muito bom que ela fosse recompensada. :)
Carolina foi bem. Gosto da elegância dela no gelo. Acho esse programa meio sonífero, culpa da música, talvez, mas no LP ela vai de Bolero. *-*
Yulia tem uma flexibilidade incrível e é consistente, mas não vejo nada de especial nela. As apresentações dela não me tocam nem um pouco, então fico meio perdida quando vejo as pessoas dizendo que ficaram emocionadas ou sei lá o que com isso. Para mim ela está quase sempre com a mesma cara de cachorrinho perdido e não tem projeção (isso faz algum sentido?).

Free Skate:
Akiko teve um monte de saltos under-rotated ;-;. Acho que ela estava bem nervosa, mas continua com a elegância e graciosidade de sempre. Quero tanto que ela vá bem no individual...
Nunca dei muita bola para a Valentina Marchei, mas gostei dela aqui. Bem segura. (acho que nessa olimpíada estou torcendo pelas veteranas...)
Yulia repetiu o desempenho quase impecável do SP. Estou ficando de saco cheio dela, a ponto de preferir que a Yuna ganhe dela :O.

Short Dance:
Assistir a short dance pode ser bem tedioso devido ao caráter repetitivo dos padrões de dança e do ritmo escolhido. E, de fato, várias duplas foram esquecíveis.
Zhiganshina/Gazsi foram divertidos como sempre, incorporando bem seus personagens.
Pechalat/Bourzat são meus preferidos e foram razoavelmente bem, mas ficaram um ponto atrás dos russos. Como sou leiga, não sei avaliar o que fizeram de errado e o que precisam melhorar, mas espero que no individual eles possam melhorar e/ou superar qualquer desvantagem mais tarde, na FD. Como a França não passou para a segunda fase, não teve FD deles aqui. ;-;
Virtue/Moir foram elegantes e refinados como sempre, mas Tessa errou feio em um twizzle. Assistindo à SD deles você percebe que a escolha musical faz uma diferença enorme em como você aprecia uma apresentação. Ella Fitzgerald e Louis Armstrong são bem mais agradáveis que as músicas de My Fair Lady com um vocal agudo irritante.
Não gosto desse programa de Davis/White. Talvez eles capturem melhor a essência do finnstep como já vi dizerem por aí, mas para mim às vezes a dupla beira o frenético, e esse é um desses casos. Além de a música ser irritante e do vestido novo da Meryl ser feio. O que houve com seu gosto quase impecável para vestidos, Meryl?

Esse é um vestido feio, Meryl.

Free Dance:
Engraçado como às vezes você gosta de um patinador/dupla e depois passa a não gostar (e vice-versa)... Em Vancouver, eu fiquei encantada com o programa de Bollywood de D/W e aos meus olhos ele era bem melhor que o flamenco de V/M. Além disso, achava a FD de V/M puro sonífero. Os anos passaram e nenhum outro programa de D/W me conquistou de fato, mas eu ainda achava V/M chatos (e o Scott arrogante), então preferia torcer pelos americanos, já que as duas duplas eram imbatíveis e os franceses não tinham nem chance.
Até que na temporada passada V/M vieram com Carmen e eu gostei da ousadia deles, mas ainda não dei o braço a torcer.
Nesta temporada, os canadenses apostaram no seu forte, com um programa lírico e delicado. Não gostei e ainda não gosto muito, mas comecei a apreciar mais coisas que antes me passavam batidas, como as linhas, a fluidez e a elegância do casal.
D/W por sua vez, me impressionaram de primeira com um Scherazade vistoso e atlético. No entanto, depois de vê-lo várias vezes, não sei mais se gosto tanto do programa.
Acho que fui influenciada pelos comentários que leio na internet e comecei a reparar mais no estilo de D/W, cheio de pulinhos e voltinhas, sempre meio apressado, e comecei a preferir V/M, que me parecem mais naturais no gelo.
Escrevi tudo isso para dizer que fiquei abismada com a diferença de 7 pontos entre as duas duplas na FD. V/M tiveram sim pequenas dificuldades, mas D/W não foram perfeitos e tiveram um twizzle sem sincronia. Eu esperava que D/W ficassem na frente, mas não tão na frente. Sei que essa competição é por equipes e depois tudo começa do zero, mas deve ser desmoralizante ficar tão atrás quando antes se estava cabeça a cabeça.
Mudando de assunto: Ilinykh/Katsalapov foram muito bem e, apesar de às vezes eu gostar deles e às vezes querer que caíam de bunda no gelo, fiquei feliz. Esse programa apresenta alguns elementos muito fortes e tem todo o fator 'uau' quando bem executado (pena que isso é raro, cof cof).
Só espero que I/K não sejam tão bons na competição individual a ponto de superarem P/B, senão fico de mal.

Lift lindo de I/K


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

[Sochi] Breves comentários sobre patinação - dia 1

Não pretendia escrever mais sobre patinação artística aqui, para não ficar chato para quem por acaso lê esse blog (alguém?) e não tem nenhum interesse no assunto, mas fui tomada pelo entusiasmo olímpico e preciso registrar minhas observações para poder ler daqui a uns anos e rir da minha própria cara.

Ontem começaram as provas por equipes. No começo eu não estava dando muita bola para essa competição, mas ao assistir mudei de ideia porque é muito interessante ficar fazendo conjecturas de quais atletas serão escolhidos para cada país e ficar pensando nas estratégias de cada um. Além disso, tira um pouco da pressão dos atletas top, porque um erro nessa competição não tem o mesmo peso enorme que erros no individual, já que há mais gente influenciando a pontuação final da equipe.

Os protocolos, para quem interessar: 

No masculino:

Plushenko realmente mandou bem nos saltos. Mas só nos saltos (tá bom, teve umas partes interessantes aqui e ali, ele realmente é confiante e domina o gelo, e consegue projetar e conquistar o público). O programa dele é bem vazio e, comparando com o dos outros tops, acho até que colocaria um Patrick com falhas na frente dele. 

O engraçado é que ao se examinar os protocolos, um(a) juiz(a) deu tudo nota média/baixa nos componentes do programa. E eu acho merecido. Ele recebeu inclusive um 4.5 de transições (e outro juiz deu 9.25!!!). Não sei se eu daria uma nota tão baixa assim, mas, de fato, o programa dele não tem quase nenhuma transição, e gostei da atitude do juiz de avaliar cada componente separadamente e não considerar que vem tudo num mesmo pacote, como outros parecem fazer. Não é porque um patinador apresenta algumas boas qualidades ali que ele necessariamente será bom nas outras coisas.

Jeremy caiu, errou e acabou com minhas esperanças de que ele fosse brilhar nessa Olimpíada. Amo o programa curto dele e, para mim, ele tem o artístico comparável ao do Daisuke e do Patrick e sempre apresenta coreografias interessantes, mas ele sempre erra em competições importantes. E ainda deu declarações infelizes sobre como errar nesse evento é ok, porque o ajuda a se preparar para o individual, ignorando completamente a equipe. :(

Patrick Chan errou algumas coisas, fez um duplo em vez de triplo, umas aterrissagens ruins, mas não deu uma de zamboni. E admito, eu gosto desse programa.

Yuzuru mandou muito bem. Muito seguro, mereceu a primeira posição. (Estou começando a repensar nas minhas apostas, tô achando que o Yuzuru leva o ouro agora...)

Nos pares:

Não assisto a uma competição de pares há anos, então foi tudo novo para mim. Me acostumei demais com ice dance, que tem elementos mais diversificados, então achei algumas apresentações bem soníferas.

Os chineses (Peng/Zhang) foram bem nos elementos técnicos, bem seguros. Mas não empolgou.

Gostei dos canadenses (Duhamel/Radford). Para começar, ele que compôs a música que eles patinarem. Já me ganhou nessa. E eles apresentaram elementos diferentes dos dos outros times (um levantamento que mais parecia de dança, alguns toques coreográficos bacanas). Aprovados!

Os italianos (Berton/Hotarek) foram divertidos. Vou ficar de olho neles no individual.

Já os russos (Volosozhar/Trankov) são ótimos tecnicamente, mas tããão sem graça. Eles me parecem antiquados, sei lá. E fico meio indignada com o monte de notão que eles receberam de Coreografia/Composição e Interpretação. 10? É sério isso? Só eu que não vi nada de brilhante neles??? Socorro!


Que fique claro que não entendo muito de patinação, principalmente da parte técnica. As observações aqui são subjetivas e provavelmente falei bastante besteira. ;)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

TAG: Mapa-Múndi

Vi faz tempo essa tag no blog da Michelle e logo fiquei com vontade de fazer. Mas como sou lerda para postar no blog, deixei tudo anotado em um caderno por um tempão e só agora publico aqui.

O objetivo da tag é encontrar na estante livros de diferentes países. Como minha estante (que também é da minha irmã) não é das mais variadas, achei que não encontraria muitos países, mas até que o resultado foi razoável.

Escolhi no máximo três livros por país (ou seja, se tem menos que três, é porque eu só tenho os que foram mostrados mesmo).

Para ilustrar, tirei algumas fotos com meus bichinhos de pelúcia. Como sou a louca dos bichinhos de pelúcia, todos eles tem personalidade e vários têm algum país preferido, então combinei os bichinhos com os livros dos países.


África

Gina e os angolanos

- Angola: AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki; Luuanda - Luandino Vieira; Filhos da Pátria - João Melo
(todos os que tenho foram leitura da faculdade)

América

- Argentina: Toda Mafalda - Quino

Pedro Virgulino e os brasileiros
- Brasil: Apenas um herói - Daniel Frazão; Faca - Ronaldo Correia de Britto; Unhas - Paulo Wainberg
- Canadá: O clube do filme - David Gilmour

Long Horn e os americanos
- Estados Unidos: Luz em agosto - Willian Faulkner; Everything is illuminated - Jonathan Safran Foer; Irmandade das calças viajantes - Ann Brashares
- México: Festa no covil - Juan Pablo Villalobos; Se vivêssemos todos juntos - Juan Pablo Villalobos
- Peru: Tia Julia e o escrevinhador - Mario Vargas Llosa

Ásia

Tigresa e os indianos
- Índia: O tigre branco - Aravind Adiga; Entre assassinatos - Aravind Adiga

Pandaroo e os japoneses
(na verdade ele prefere a China como país,
mas gosta mais da literatura nipônica)
- Japão: E depois - Natsume Soseki; Norwegian Wood - Haruki Murakami; O outono do álamo - Kazumi Yumoto

Dolly e os russos
- Rússia: Nova antologia do conto russo; O duplo - Fiódor Dostoiévski; O capote - Nikolai Gógol

Europa (o continente mais presente, mas já é o esperado, né?)

Fabiana e os alemães
- Alemanha: Contos completos - Jacob e Wilhelm Grimm; Coração de tinta - Cornelia Funke; A história sem fim - Michael Ende
- Escócia: Ivanhoe - Walter Scott; O médico e o monstro - R.L. Stevenson
- Espanha: Manolito - Elvira Lindo; A curiosa história do editor partido ao meio na era dos robôs escritores - José Luis Saorín
- Finlândia: Kalevala - Elias Lönnrot

Olivier e os franceses
- França: As férias do pequeno Nicolau - Sempé e Goscinny; Nuno 100 novidades - Pierre Gripari; A dama das camélias - Alexandre Dumas
- Grécia (antiga): Ilíada - Homero
- Hungria: Antologia do conto húngaro

Charlie e os ingleses
- Inglaterra: O estranho caso do cachorro morto - Mark Haddon; O senhor dos anéis - J.R.R. Tolkien; Atonement - Ian McEwan
- Irlanda: Artemis Fowl, A lista dos desejos, Colin Cosmo - todos do Eoin Colfer
- Itália: O falecido Mattia Pascal - Luigi Pirandello; Se um viajante numa noite de inverno - Italo Calvino; Histórias da pré-história - Alberto Moravia
- País de Gales: Submarino - John Dunthorne; Matilda - Roald Dahl; Charlie and the chocolate factory - Roald Dahl
- Portugal: O ano da morte de Ricardo Reis -  José Saramago
- Noruega: Novas aventuras de Askeladden; O dia do curinga - Jostein Gaarder; Naïf Super - Erlend Loe
- Suécia: Pippi nos mares do sul - Astrid Lindgreen; trilogia Millenium - Stieg Larsson

Oceania

- Austrália: A menina que roubava livros - Markus Zusak; Eu sou o mensageiro - Markus Zusak