terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Desafio Literário - O capote e outras histórias

Título: O capote e outras histórias
Autor: Nikolai Gógol
Editora: 34

O livro reúne cinco contos/novelas de Gógol: "O capote", "Diário de um louco", "O nariz", "Noite de natal" e "Vyi". Os três primeiros são os mais famosos e consagrados do autor e os dois últimos são de sua produção inicial, contos folclóricos com a presença do sobrenatural e do cômico.

Eu tinha grandes expectativas em relação a "O nariz" e por isso não achei o conto tão excepcional quanto eu imaginava. Esperava algo ainda mais insólito.

Já com "O capote" foi o contrário. É uma de suas obras mais conhecidas, mas eu não sabia do que se tratava, então foi uma surpresa positiva.

Outra surpresa foram os dois contos "populares", que de tão diferentes, parecem até ter sido escritos por outro autor. Aqui o ambiente urbano dos funcionários públicos dá lugar ao ambiente rural, com bruxas, diabos que roubam a lua, cadáveres, amantes escondidos em sacos, velhas que montam em homens e provações para conquistar o coração da mais bela da aldeia. Eu não esperava gostar muito desses contos e, ao iniciar "Noite de natal" já fiquei "xi, quantas páginas isso tem?", mas então acontecem mil reviravoltas e a história se torna divertidíssima, bem ao estilo de narrativas que a vovó contava.

Gostei de ter esse primeiro contato com a obra de Gógol e espero ler Almas Mortas um dia.

Desafio Literário - Wildwood

Título: Wildwood
Autor: Colin Meloy
Ilustradora: Carson Ellis
Editora: Balzer + Bray

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi... que a capa é linda. Não só a capa, mas toda a edição, com capa dura, ilustrações coloridas e em preto e branco. Uma beleza! Deve ser um dos livros mais lindos que eu (ou melhor, minha irmã) tenho aqui em casa.

Os desenhos da capa já mostram bem como será a história, com bosques, batalhas e animais falantes.


O livro é sobre... um mundo mágico, localizado em Portland, Oregon. 
Encarregada de cuidar do irmão bebê por uma tarde, Prue tem seu irmão raptado por um bando de corvos, que o levam até o bosque selvagem localizado nos confins da cidade. Ninguém nunca vai lá, mas Prue decide seguir em frente e resgatar o irmão. Para isso, ela conta com a ajuda do colega Curtis, que ainda desenha super-heróis enquanto todos os outros já passaram dessa fase. Eles adentram em um mundo mágico, com animais falantes e plantas superpoderosas, e tem que lidar com feitiçaria antiga, manobras políticas e um mundo cindido.

Eu escolhi esse livro porque...  minha irmã ganhou já faz um tempo e eu sempre adiei a leitura porque eu sabia que ele seria mais bonito do que bom. E como ele é grossinho, achei bom ler agora em janeiro que estou com bastante tempo livre.

A leitura foi... tranquila. O livro não é a melhor coisa do mundo, mas está longe de ser ruim. 
Em alguns pontos ele me lembrou Nárnia, talvez por ter animais falantes e porque, no começo, Curtis meio que se aliou sem muita consciência à rainha do mal, e isso me lembra o Edmundo.
Uma coisa que não gostei muito no livro foi o vai e volta entre as partes da Prue e as partes do Curtis. Eles se separam logo no começo e achei que a narrativa ficou muito entrecortada com esse mudança de perspectiva. Se as partes fossem mais longas seria melhor. E se o Curtis e cia ficassem engaiolados por mais tempo também seria melhor (não sei por que, mas amei aquela parte).

O personagem que eu gostaria que soubesse a verdade é a família do Curtis. Por quê? Não posso revelar por que, seria spoiler. Mas eu achei isso triste. O eterno dilema: a que mundo eu pertenço...


O trecho do livro que merece destaque: as ilustraçõs. Fotografei algumas das minhas favoritas, mas a qualidade não ficou lá essas coisas...






 
A nota que eu dou para o livro: 4
(sendo: 1- Não gostei; 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5- Adorei)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Desafio Literário - Foras da lei barulhentos...

Título: Foras da lei barulhentos, bolhas raivosas e algumas outras coisas que não são tão sinistras, quem sabe, dependendo de como você se sente quanto a  lugares que somem, celulares extraviados, seres vindos do espaço, pais que desaparecem no Peru,  um homem chamado Lars Farf e outra história que não conseguimos acabar, de modo que talvez você possa quebrar esse galho.
Autores: Nick Hornby, George Saunders, Kelly Link, Richard Kennedy, Jon Scieszka, Sam Swope, Clement Freud, James Kochalka, Neil Gaiman, Jeanne Du Prau, Jonathan Safran Foer (introdução e meia-história de Lemony Snicket)
Editora: Cosac Naify

Essa é uma coletânea de contos voltada a adolescentes/crianças/pessoas que gostam de contos voltados a adolescentes e crianças. Reúne textos dos autores citados acima, com introdução e o começo de uma história (para você terminar) do Lemony Snicket, ilustrações E uma palavra-cruzadas no final (ainda não fiz). E a capa ainda é bonita, simpática, interessante, com título looongo e a curiosa foto de um monstrengo.

O que me atraiu de primeira no livro foi a seleção dos autores: adoro o Nick Hornby (li praticamente tudo que ele publicou), adoro o Neil Gaiman, adoro o Lemony Snicket (ai, que vontade de reler Desventuras) e gostei muito do que li do Jonathan Safran Foer. O fato de ele ser ilustrado e ter uma edição bacana só melhora.

Minha decepção foi que eu já li o conto do Neil Gaiman ("Pássaro-do-sol", presente em Coisas Frágeis). Minha maior surpresa é que a maioria dos contos me agradou muito! Muitos deles têm um pé no fantástico e muito humor (um tipo de humor que me lembra o Lemony Snicket). Gostei especialmente de "Lars Farf, pai e marido excessivamente temeroso", de George Saunders, sobre um homem que tenta de todas maneiras proteger a ele e a sua família de possíveis acidentes e de tudo de ruim que assola o mundo. Também gostei de "Grimble", de Clement Freud, sobre um garoto com pais ausentes e uma infinidade de bilhetes. E a introdução do Lemony Snicket é bem Lemony Snicket. O único que não gostei, ou não entendi, foi "Vendidos separadamente", de Jon Scieszka, que me pareceu mais algo conceitual do que uma narrativa e ficou meio deslocado do resto.

Foras da Lei Barulhentos foi uma ótima leitura e uma boa introdução a vários autores dos quais eu nunca tinha ouvido falar. É um livro que vale a pena ler, reler, ter, ficar admirando a capa e o título.

Obs: lendo sobre o livro pela internet, descobri que "Grimble" é um dos livros de infância preferidos da J.K. Rowling e que ele estava fora de catálogo, coisa que deixou o Neil Gaiman muito surpreso, porque ele achava que as editoras seriam espertas e republicariam o livro com a frase da Rowling na capa. Mas não foi assim, então ele sugeriu que publicassem o conto nessa coletânea. Fim!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Desafio literário - A trama do casamento

Título: A trama do casamento
Autor: Jeffrey Eugenides
Editora: Companhia das Letras

Sinopse roubada do site da editora e editada para não ficar gigante:

Acompanhando um trio de alunos da universidade de Brown entre o ano da sua formatura (1982) e o seguinte, Eugenides fornece um acurado retrato da desilusão de uma geração que viu o otimismo revolucionário dos anos 60 se consumir em cinismo e vazio, ocasionando dúvidas e instabilidades de todo tipo. 

Depois de ler críticos como Jacques Derrida, Roland Barthes e Michel Foucault, a estudante Madeleine Hanna percebe que gostar de romances já não é o bastante para justificar sua vontade de se graduar em letras. O autor está morto, os livros viraram textos, a semiótica está desconstruindo a linguagem. E já não há romantismo. 

O que ela não sabe é se deve mesmo se adequar a esse mundo pouco sentimental, em que a devoção por escritoras vitorianas parece um crime. E ainda maior é sua dúvida entre os dois homens que a disputam. 
Afinal, Eugenides nos apresenta, ao mesmo tempo, uma inquestionável história de amor, ou duas, ao acompanhar a devoção de Mitchell Grammaticus por Madeleine e a complicada relação dela com o gênio problemático Leonard Bankhead. 


Meus comentários frustrados: Eu tinha escrito uma resenha bem espontânea antes, mas deu algum problema no blogger/computador e perdi tudo. Isso é um sinal de que eu não deveria ficar escrevendo coisas espontâneas, de que eu deveria refletir melhor quando escrevo essas porcarias de resenha, mas agora estou com raiva e vou forçar a memória para recuperar mais ou menos o que eu tinha escrito (só que vai ficar pior).

Bom, escrever resenhas é difícil para mim. Às vezes sai sem tantos problemas, mas às vezes não dá. E dessa vez resolvi fazer uma resenha na forma de comentários espontâneos em vez de um texto organizadinho.

- Gostei do livro mais do que esperava. O que eu esperava? Talvez eu temesse que ele fosse meio "universitário", cheio de papo acadêmico, nomes de autores aqui e ali, altas discussões sobre sei lá o quê. E, de fato, ele é um pouquinho assim, mas de uma forma agradável. Também tinha medo de que talvez ele se concentrasse demais na ideia do casamento, amor, romance. E, de fato, tem um pouco disso também, mas de uma forma agradável.

- O livro é ótimo. A prosa de Eugenides flui que é uma beleza. Os diálogos são ótimos. Os personagens são bem construídos. Há partes dolorosas e há partes hilárias. E o que mais gostei foi disso, das partes hilárias.

- Eu não esperava que fosse ser desses livros envolventes, de não querer largar, mas foi. (com a exceção de algumas partes do Mitchell; não gosto muito dele)

- Preciso ler os outros romances do Eugenides (felizmente são só dois, então é uma tarefa realizável). Dizem que eles são melhores que a "Trama", então devem ser ótimos, maravilhosos etc, não? Alguém aí já leu?

Nota: 4,5/5


E ainda estou com raiva de ter perdido meu texto anterior, grrrr.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Desafio literário - A cabana

Título: A Cabana
Autor: William P. Young
Editora: Sextante

Ai, que livro chato.

Esse é da leva que minha tia me emprestou, que incluía romances água com açúcar e coisas assim, que podem não ser minhas leituras favoritas, mas também não são algo que acho chaaato ou maçante (tá, admito, eu meio que gosto de vários desses livros).

Eu sabia que "A cabana" tinha tudo para ser chato. Sou ateia e a religião nunca teve nenhum papel em minha vida. Além disso, não gosto muito de livros com mensagens edificantes e coisas semelhantes.

Mas o livro estava lá e achei bom ler logo para devolver. E talvez ele até superasse algumas expectativas.

Bom, acho que todos sabem o básico sobre "A cabana": um cara teve a filha assassinada, mergulha na tristeza e recebe uma carta de Deus, convidando-o para um encontro na cabana onde a filha foi morta. O cara vai e encontra Deus, Jesus e o Espírito Santo. Eles conversam sobre Deus, religião, amor, perdão etc.

Achei as cinquenta primeiras páginas do livro bem interessantes, afinal, é a parte mais ágil e com algum suspense. Depois, quando chegamos à cabana, a coisa fica parada. 

Imagino que o livro agrade aqueles que acreditam em Deus, mas que sejam meio flexíveis em relação à religião, porque o autor prega um Deus mais aberto e acaba contradizendo algumas coisas da Bíblia/Igreja/sei lá. No final, a imagem de Deus que ele passa acaba sendo bem agradável, dá até vontade de acreditar nisso (ou não).

E ainda não entendo porque esse livro fez tanto sucesso aqui no Brasil, credo!

Nota: 2/5 (teve algumas partes legais)


Desafio literário - O livro selvagem

Título: O livro selvagem
Autor: Juan Villoro
Editora: Cia. das Letras

- Há pessoas que acham que entendem um livro só porque sabem ler. Eu já disse que livros são como espelhos: cada pessoa encontra neles aquilo que está em sua própria mente. O problema é que você só descobre que existe isso dentro de você quando lê o livro certo. Os livros são espelhos indiscretos e arriscados: fazem com que as ideias mais originais saiam da sua cabeça e trazem à tona outras novas, que você não sabia que tinha. Quando você não lê, essas ideias ficam presas dentro da sua cabeça e não servem para nada. (p. 75)

Sempre achei que o desafio literário deveria ter um tema "livros sobre livros" ou "livros para amantes de livros", que incluiria livros sobre o ato de escrever e de ler, sobre personagens, leitores e escritores, sobre a relação entre ficção e realidade. Se um dia houvesse esse tema, "O livro selvagem" seria uma boa indicação, pois ele é exatamente sobre a relação que os livros estabelecem com seus leitores.

Os pais de Juan estão prestes a se separar e por isso ele tem que passar as férias com o solitário tio Tito, dono de uma biblioteca enorme e labiríntica. Lá, ele descobre um novo mundo, um em que os livros têm vida e reagem à sua presença. O tio Tito passa uma missão a Juan: encontrar o livro selvagem, que se recusa a ser lido e passou anos naquela biblioteca se esquivando dos olhos humanos. Felizmente, Juan conta com a ajuda da bela Catalina, que transforma sua vida, e também com a ajuda de outros livros.

O livro é uma delícia de ler, embora eu tenha gostado bem mais dos primeiros capítulos, mais voltados à situação familiar de Juan e à apresentação geral do tio Tito e sua biblioteca, do que da grande caçada ao livro selvagem. Foi divertido ler sobre a biblioteca, com seu sistema de classificação esdrúxulo, e sobre o tio Tito, com suas lições profundas, como: "É preciso ampliar as possibilidades da vida: urinar por três minutos é mais divertido que por dez segundos".

"O livro selvagem" é um desses infanto-juvenis que tem profundidade e ao mesmo tempo que consegue manter um bom ritmo de aventura. É sobre livros e sobre a vida, e sobre como um espelha o outro.

Nota: 4/5


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Desafio literário - A casa dos muitos caminhos

Título: A casa dos muitos caminhos
Autora: Diana Wynne Jones
Editora: Galera Record

Meu primeiro livro para o Desafio Literário de 2013 foi "A casa dos muitos caminhos". Minha irmã ganhou esse livro faz mais de um ano, mas eu ficava adiando a leitura porque achava que tinha que reler os volumes anteriores da série ("O castelo animado" e "O castelo no ar") para aproveitar melhor a leitura e aí achava um absurdo gastar tempo relendo quando há uma pilha de livros não lidos me esperando. Mas sabem o que descobri? Que isso é bobagem, eu tinha mesmo que reler! Demorei cerca de dois dias para ler cada um dos volumes e foi um tempo muitíssimo bem empregado.

Os livros são independentes entre si e tem personagens em comum. Você não precisa ler os primeiros para pode entender "A casa", mas essa leitura torna os detalhes bem mais saborosos. E você não perde nada se ler os dois primeiros, pois eles são ótimos! "O castelo animado" é o mais conhecido, tem o filme do Miyazaki (se não assistiu, assista!) e apresenta personagens que estarão presentes nos volumes seguintes. É o melhor na minha opinião. "O castelo no ar" tem um estilo meio Aladdin que não me agradou muito na primeira leitura, mas ao reler passei a apreciá-lo mais.

"A casa dos muitos caminhos" é sobre Charmain, uma garota protegida pelos pais, criada para ser respeitável. O tio-avô de sua tia-avó é um mago e precisa se ausentar para tratar uma doença, pedindo a Charmain que cuide de sua casa durante esse tempo. A garota não sabe lavar, passar, cozinhar e muito menos usar magia, coisa que seus pais consideram muito pouco respeitável, mas vai ter que aprender na marra, com a ajuda de uma cachorrinha gulosa e de um aprendiz desastrado. A casa, obviamente, é mágica e esconde cômodos misteriosos e passagens secretas, e pode ser ajudar a revelar o segredo do reino de Alta Norlanda.

O livro é uma delícia de ler e é um prato cheio para os fãs dos anteriores, pois dá destaque a alguns velhos conhecidos (inclusive Jamal e seu cão!). Ele é cheio de reviravoltas, mas acho que preferi os momentos mais tranquilos de trabalho doméstico e aprendizado de magia do que as aventuras maiores, por assim dizer.

Achei o final um pouco insatisfatório, mas isso também acontece com "O castelo animado" e nem por isso gosto menos dele.

Recomendo para todos que gostam de fantasia e/ou infanto-juvenis.

Nota: 4,5/5

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Os melhores (e piores) do Desafio Literário 2012

Meu segundo Desafio Literário completo e minha segunda lista de melhores e piores, decepções e surpresas etc.

Aqui vai a lista dos livros que eu li de fato (e aqui a lista do começo de ano):

Janeiro - Literatura gastronômica
Eat Pray Love - Elizabeth Gilbert
Chez Moi - Agnes Desarthe

Fevereiro - Nome próprio
Anna Kariênina - Liev Tolstoi
Madame Bovary - Gustave Flaubert
Robinson Crusoe - Daniel Defoe
Marina - Carlos Ruiz Zafón

Março - Serial killer
Unhas - Paulo Wainberg

Abril - Escritor oriental
E depois - Natsume Soseki
Real World - Natsuo Kirino
Battle Royale - Koushun Takami

Maio - Fatos históricos
O palácio de Inverno - John Boyne
Educação Sentimental - Gustave Flaubert
O garoto da casa ao lado - Irene Sabatini

Junho - Viagem no tempo
A máquina do tempo - H.G. Wells

Julho - Prêmio Jabuti
O coronel e o lobisomem - José Cândido de Carvalho

Agosto - Terror
Raça da noite - Clive Barker

Setembro - Mitologia
Viagem pelo Brasil em 52 histórias - Silvana Salerno

Outubro - Graphic Novel
Fagin, o judeu - Will Eisner
Adeus tristeza - Belle Yang
Frango com ameixas - Marjane Satrapi

Novembro - Escritor africano
AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki

Dezembro - Poesia
Janelas e tempo - Teruko Oda
O livro dos sonetos - vários autores
Desorientais - Alice Ruiz

Melhores livros (mais ou menos em ordem):
Frango com ameixas, que foi breve, doloroso e lindo;
AvóDezanove, divertido e nostálgico;
Real World, desses que dá vontade de devorar de uma sentada;
A máquina do tempo, engenhoso e mais divertido do que eu esperava.

Piores:
O livro dos sonetos. Odeio sonetos, principalmente os mais antigos, e esse livro só reforçou isso. Ou seja, ele pode ir direto para a pilha de doações, tchau!;
Eat pray love, boring;
Robinson Crusoe, mega boring, tenho ódio do Robinson e seu pão até hoje;
Educação sentimental, li sob pressão e não foi legal;

Boas surpresas:
O garoto da casa ao lado é um água com açúcar com sustância, tem um bocado sobre a história de Zimbábue, mete o dedo na ferida aqui e ali, e ainda assim consegue ser uma leitura agradabilíssima.

Maior decepção:
Raça da noite; adoro Abarat, também do Clive Barker, mas Raça da noite é simplesmente tosco.

O que foi prejudicado por fatores externos e merecia uma leitura melhor:
O coronel e o lobisomem. O livro é bom, mas eu achei chaaato porque tive que parar a leitura e retomar só em dezembro, quando eu não estava no humor certo.

Mês que mais me agradou no geral:
Outubro. Foi bom quebrar um pouco as leituras de romances/contos para ler quadrinhos, mesmo que só um deles tenha sido uma coisa mágica e encantadora.
Fevereiro. Amei a variedade que esse mês permitiu e amei poder encaixar nele livros que eu queria ler faz tempo e que sabia que se não surgisse a oportunidade nunca leria.
Abril. Acabei lendo só japoneses, o que não era minha intenção, mas foi legal mesmo assim.

Mês que amaldiçoei por não poder ler mais do que li:
Novembro, mês de conclusão de semestre. Queria muito poder conhecer mais escritores africanos ou simplesmente ler mais dos autores que já conheço, mas não deu, e isso me deixou muito, muito frustrada. Eu olho para meu único livro do mês e penso nas possibilidades, me parece um desperdício.

Mês que acabou me surpreendendo por ser mais legal do que parecia:
Dezembro. Gostei das minhas leituras de haikais.


É isso. Já li meu primeiro livro para o DL 2013, quando der publico a resenha.